Os táxis de cor preta que circulam pelas ruas de Belo Horizonte e têm como diferencial a obrigatoriedade de oferecer itens adicionais que proporcionem mais conforto aos passageiros não terão mais o adesivo que os identifica como veículos de transporte “especial”. A medida, segundo a BHTrans, atende a uma demanda dos taxistas e começa a valer a partir desta sexta-feira.
“Trata-se de atendimento à reivindicação da categoria, já que muitos usuários dão preferência para os outros veículos do sistema por acreditarem que há diferença no valor da tarifa”, justifica a BHTrans. Além da cor preta, os táxis especiais da capital devem ter uma série de características que os diferenciem dos outros, como: ter, no máximo, três anos de fabricação; possuir vidros elétricos nas quatro portas; porta-malas de alta capacidade; espaço interno superior ao estabelecido para o táxi convencional; ar condicionado; impecável estado de conservação e higiene; rádio AM/FM e CD player, com bluetooth e entrada para USB; motor com capacidade volumétrica mínima de 1,5litros; air-bag duplo e freio ABS; e sistema de posicionamento via satélite (GPS)embarcado no veículo e de comunicação de dados via celular (GPRS).
Apesar da justificativa da empresa que administra o trânsito na capital, o presidente do sindicato dos taxistas, Ricardo Faeda, acredita que a mudança visa principalmente suavizar a aparência dos veículos. “A cor preta já indica que ele é um táxi especial. Tirar o adesivo vai trazer mais leveza, diminuir a poluição visual. Mas não acho que isso vá fazer com que o usuário os veja de outra forma”, afirma Faeda.
A mudança faz parte de uma série de alterações no Regulamento do Serviço Público de Transporte por Táxi na capital publicadas em uma portaria no Diário Oficial do Município. A partir de agora, para oferecer o serviço de táxi especial, as empresas ou cooperativas devem comprovar que têm, no mínimo, 20 cooperados ou associados vinculados a elas.
Também passa a ser permitido o cadastramento do condutor auxiliar dos táxis especiais que estejam matriculados nos cursos de inglês e de informações turísticas, desde que a previsão de finalização seja de seis meses. Antes, o motorista só era apto a prestar o serviço se já tivesse concluído os dois processos. Com a medida, a BHTrans espera garantir a operação do serviço em tempo integral, além da rotatividade de profissionais.
Além disso, o texto que regula os valores a serem pagos pela veiculação de mídia nos carros foi alterado, a fim de facilitar a compreensão dos termos.