Jornal Estado de Minas

Mineiro fica preso em nevasca no Valle Nevado


Um mineiro viveu momentos de tensão em uma viagem ao Valle Nevado, no Chile. Com a namorada, Leonardo Pessoa passou mais de 12 horas preso em uma nevasca. Eles foram resgatados por tratores que conseguiram retirar o carro, que os levava para as estações de esqui, da neve que cobria os pneus. O casal foi levado de volta para o hotel, onde continua sem poder sair por causa do mau tempo.

Os momentos de aflição e medo foram registrados em um vídeo postado nas redes sociais. Leonardo contou que os dois seguiam para as estações de esqui com a intenção de dormir. Porém, acabaram ficando presos por causa da nevasca. “Começamos com alguma neve no chão, mas que, até então, não era problema para as correntes nos pneus, mas aí a neve piorou.
Vimos alguns tratores que, com alguma demora, conseguiam nos arrastar e abrir caminho. Às vezes, progredíamos bem e as vezes nos sentíamos esquecidos”, afirmou.

Segundo o jovem, eles ligaram para a polícia e para o hotel e eram informados apenas de que estavam trabalhando no resgate. “Por sorte, o casal levou comida e contou com a solidariedade de alguns motoristas. Com sorte, eu e minha namorada trouxemos dois sanduíches cada, que é o que no sustenta até agora. Água é na base do companheirismo dos colegas de van”, comentou.

O casal foi levado para o hotel onde permanecia até a tarde desta sexta-feira sem saber se conseguiriam deixar o local.
“Estamos presos no hotel, sem previsão de abrir a pista para descer. O novo relatório vai sair às 14h e não sabemos se teremos que ficar outro dia aqui ainda. Pagamos o hotel e estamos bem”, disse.

Leonardo criticou a posição da empresa de turismo contratada por eles. “Desde o momento em que a empresa de turismo foi nos buscar no hotel, perguntamos se as condições permitiam a subida e a polícia confirmou a eles que sim. Completamente inaceitável e absurdo correr os riscos que corremos nessa subida irresponsável e que, em momento algum, foi avisada pela gerência do Valle Nevado. O suporte aqui é inexistente! Ninguém nos procurou para esclarecer a situação ou oferecer um copo de água sequer”, completou. .