Os motoristas, cerca de 200, se concentraram na praça do Papa, região Centro-Sul de Belo Horizonte, na manhã deste sábado, de onde desceram em carreata até a Assembleia Legislativa.
A comissão que representa os transportadores de escolares quer discutir a viabilidade do cumprimento da lei que obriga os veículos a usarem cadeirinhas e demais dispositivos de retenção para crianças, como bebê conforto e assento de elevação. Além do dilema do uso dos equipamentos, o grupo pretende discutir um projeto de padronização em estudo pelo governo federal.
Os transportadores temem que, uma vez aprovado o projeto, as vans sejam substituídas por microônibus, inviabilizando o trabalho da categoria tanto do ponto de vista financeiro como da mobilidade no trânsito. Para o Sindicato do Transporte Escolar de Belo Horizonte (Sintesc-BH) o resultado do encontro com o ministro foi positivo e a categoria está confiante no desdobramento positivo da reunião em Brasília.
Segundo Carlos Eduardo Campos, presidente do Sintesc-BH, na medida o governo federal argumenta que as vans não têm acessibilidade e por isso devem ser substituídas pelo microônibus, similar ao usado no transporte escolar da zona rural. "Essa proposta do governo cria um grave problema de mobilidade, enquanto a van custa em média R$ 80 mil, e tem mensalidades de R$ 150 em média, o microônibus custa R$ 280 mil e teria mensalidades de R$ 400. Muito caro para as famílias", argumenta Campos. Já A polêmica das cadeirinhas começou com a publicação da Resolução 533, que obriga os escolares a usar as cadeirinhas e demais dispositivos. Lei que entrará em vigor em fevereiro do ano que vem. O grande problema é que no Brasil tais dispositivos só podem ser instalados em cintos de segurança de três pontos, e nenhuma das vans à venda no Brasil possui a peça nos bancos traseiros.