Jornal Estado de Minas

Morre o bebê Pedrinho, que aguardava por transplante de intestino nos EUA

O bebê Pedro Gomes de Oliveira, o Pedrinho, morreu às 14h45 de hoje no Hospital Felício Rocho, onde esteve internado desde o seu segundo dia de vida. Ele nasceu, em 14 de julho, com a síndrome do intestino ultraencurtado, rara malformação congênita que acomete de 2% a 3% dos recém-nascidos no Brasil.  Em sua página no Facebook, onde era mantida a campanha Salve Pedrinho, com objetivo de angariar doações para o seu tratamento, a família lamentou com pesar e se despediu do pequeno guereiro.

Pedrinho era candidato a fazer um transplante multivisceral no Jackson Memorial, em Miami, nos Estados Unidos, o que seria capaz de salvar sua vida. O preço do procedimento  é de aproximadamente US$ 1 milhão.  Em março, quando atingiu o peso para ser submetido a cirurgia, médicos responsáveis pelo caso, apontaram que a cirurgia precisaria ser feita no prazo máximo de três meses. Pedrinho não conseguiu esperar. Segundo o advogado da família, José Antônio Fraga, nenhuma medicação surtia mais efeito. A morte foi causada por infecção generalizada, devido ao comprometimento de vários órgãos, principalmente os rins.

Há cerca de 15 dias, a 10ª Vara Federal de Minas Gerais concedeu liminar à família da criança para que a União providenciasse e custeasse de forma integral tudo que for necessário para a cirurgia de transplante de intestino no hospital americano. Para o advogado a decisão da Justiça chegou tarde demais. A família esperava desde abril por um parecer.


Pedrinho nasceu em Eunapolis na Bahia. Um dia após seu nascimentoele começou a passar mal e foi transferido para o Hospital Felicio Rocho, em Belo Horizonte, onde passou por uma intervenção cirúrgica. Com todo o aparelho digestivo comprometido, Pedrinho é portador da síndrome do intestino curto.Desde então ele permaneceu internado na UTI,  sem possibilidade de alta,  em nutrição parenteral total.

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