Os barraqueiros que trabalhavam na área externa do Mineirão vão procurar o Ministério Público Estadual (MPE) para suspender o edital de Prefeitura de Belo Horizonte que prevê o retorno da tradicional feira no entorno do estádio. De acordo com Ernani Francisco Pereira, presidente da Associação de Barraqueiros da Área Externa do Mineirão, o principal temor da categoria é que os feirantes mais antigos, que trabalharam no local há cerca de 20 e 30, fiquem impedidos de voltar ao trabalho. Com a reforma do estádio para a Copa do Mundo, eles foram obrigados a encerrar as atividades.

Abaem contesta ainda a localização do comércio nas redondezas do Mineirão. Conforme previsto no edital, os barraqueiros vão ficar nas avenidas das Palmeiras, Avenida C, esquina com Abrahão Caram, avenida Carlos Luz, na esquina com Coronel Oscar Paschoal, e na esquina da Carlos Luz com a Praça Alfredo Camarate.

De acordo com a associação, esses locais desagradam os moradores da região, que preferem que eles fiquem na esplanada do estádio. "Nós já estamos conversando com os movimentos socais para nos ajudar nessa mobilização. Vamos conversar com as torcidas também. Os barraqueiros não estão sozinhos”, afirmou.

Conforme antecipado pelo em.com.br, a Regional Pampulha da Prefeitura de Belo Horizonte publicou a licitação para a instalação de barracas e tendas para a venda dos produtos no espaço em dias de jogos. O informe para o processo administrativo competitivo foi publicado no Diário Oficial do Município (DOM) no último sábado.

Serão 96 barracas de alimentos que ficarão nas redondezas do estádio em quatro pontos onde também serão instalados banheiros químicos e lixeiras. A previsão é que o serviço esteja disponível aos torcedores dentro de 120 dias.

Com informações de Cristiane Silva.