Cerca de 100 servidores públicos saíram em passeata no início da tarde desta terça-feira para manifestar contra o corte de verbas na saúde e educação. Servidores técnico-administrativos em greve desde o dia 28 de maio se juntaram à Central Única dos Trabalhadores em Minas Gerais (CUT-MG) na Praça da Estação, no Centro de Belo Horizonte e caminharam até o Hospital das Clínicas. Logo depois o grupo seguiu para a Praça Sete e interditou duas faixas em cada sentido da Avenida Amazonas.
A passeata também foi acompanhada por integrantes do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (SindiUte-MG) e Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Belo Horizonte (Sindibel).
Segundo o Sindicato dos Trabalhadores de Instituições Federais (Sindifes), o objetivo da manifestação é alertar a população para os cortes orçamentários. Os servidores técnico-administrativos pedem reajuste salarial, mas as propostas do governo ainda não agradaram a categoria, que mantém a greve por tempo indeterminado.
A Federação dos Sindicatos dos Trabalhadores das Universidades Públicas Brasileiras (Fasubra) irá se reunir com representantes do Ministério do Planejamento e Ministério da Educação na sexta-feira e esperam uma nova proposta de reajuste para a categoria.
Reivindicações
A reivindicação inicial dos grevistas era de reajuste salarial de 27,3%, relativo à reposição de perdas com a inflação. A última proposta do governo foi de um reajuste de 21,5% dividido em quatro anos. A categoria fez uma contraproposta e estaria disposta a negociar se esse período fosse reduzido em até dois anos, o que não foi atendido pelo governo. O Ministério do Planejamento apresentou a proposta de reajuste do auxílio alimentação, que passaria de 373 para 458 reais e aumento do auxílio saúde, que teria um aumento de 22% sobre o valor recebido por cada trabalhador. No entanto, o aumento estaria congelado até 2019, fato que desagrada a categoria.