A Prefeitura de Belo Horizonte confirmou a participação dos bares do Centro Comercial Top Shopping, mais conhecido como Shopping Rosa, nas festas no entorno do câmpus Coração Eucarístico da PUC Minas. Em nota, a administração municipal disse que os participantes dos eventos consomem bebidas fornecidas pelos estabelecimentos e, em outra ocasião, foi constatada a participação efetiva dos bares na divulgação das festas promovidas sem o aval do poder público.
A PBH aguarda a conclusão das apurações para interditar os estabelecimentos no local onde o estudante de direito Daniel Adolpho de Melo Vianna foi assassinado na madrugada do último sábado. A regional da prefeitura deverá receber a recomendação do Ministério Público ainda nesta semana para tomar as providências.
A nota diz que os bares do centro comercial têm alvará de localização e funcionamento para as atividades de bar e restaurante e que as festas da Avenida 31 de Março com Rua Cardeal Vasconcelos não têm licenciamento prévio da PBH.
O texto traz ainda o inciso 1 do artigo 317 do Código de Posturas, que menciona que “a interdição do estabelecimento ou atividade dar-se-á, sem prejuízo de multa cabível, quando houver risco à saúde, ao meio ambiente ou à segurança de pessoas ou bens”.
O gerente de Fiscalização da Regional Noroeste da PBH, William Nogueira, é direto ao falar da situação. “O risco ao meio ambiente é a poluição sonora. E a morte do universitário deixou evidente a questão da segurança", avalia.
O problema foi exposto pelo assassinato do estudante, que foi atingido no rosto por um tiro disparado por Paulo Henrique Costa Lourenço, de 29, que foi preso em flagrante. O crime aconteceu depois de um esbarrão entre os dois em um dos bares do centro comercial, por volta de 1h do sábado.
Moradores reclamam que as festas atraem público de até 5 mil pessoas. A multidão fecha o trânsito e o barulho atravessa a madrugada. Há relatos de consumo de drogas, de sexo explícito em veículos e de brigas. (Com informações de Paulo Henrique Lobato)