No primeiro dia de proibição de todas as conversões à direita entre as avenidas Amazonas e Afonso Pena, na Praça Sete, Hipercentro de Belo Horizonte, a correria e confusão dos pedestres deu lugar à tranquilidade de travessias que chegavam a até um minuto e 13 segundos, segundo a cronometragem feita pelo Estado de Minas. Antes da mudança, a média de tempo destinado aos pedestres, segundo a BHTrans, era de 17 segundos. A nova média passa a ser de 60 segundos. Com a nova configuração, que é a 21ª modificação dentro do programa de reorientação da circulação do Centro, batizado de Mobicentro, os transeuntes podem agora se preocupar apenas com os carros que vem da via transversal e não existe mais o conflito de pessoas entrando no meio dos veículos. O ponto negativo ficou por conta das confusões que os motoristas fizeram com a novidade. As entradas simples à direita foram substituídas por caminhos mais longos, o que gerou protestos.
O principal problema observado na Praça Sete antes da mudança de ontem era a confusão entre carros que faziam as entradas à direita e os pedestres que nunca respeitavam o sinal voltado para os transeuntes. Agora, não existe mais essa preocupação. O pedestre que estiver na Amazonas precisa olhar apenas os carros que vêm da Afonso Pena, e vice-versa. “Só aquele que começar a atravessar no finalzinho do sinal verde que não vai conseguir fazer a travessia completa e vai parar no canteiro central. Todos os outros que começarem a travessia vão terminá-la concluindo as duas etapas no mesmo movimento”, afirma o superintendente de Implantação e Manutenção da BHTrans, José Carlos Ladeira. Ele aponta que essa é a 21ª intervenção dentro do Mobicentro. Os próximos passos serão feitos com o foco voltado especialmente para os corredores Amazonas e Bias Fortes, além de uma intervenção pontual na Afonso Pena, na altura da Praça ABC. A Rua Cláudio Manoel não chegará mais à esquina de Getúlio Vargas e Afonso Pena e o fluxo será desviado para a Piauí, que passará a atravessar a Getúlio Vargas.
José Carlos Ladeira explica que um dos norteadores das mudanças promovidas pela BHTrans é o aumento do tempo destinado aos pedestres. Segundo ele, 78% das interseções de Belo Horizonte que são reguladas por semáforos possuem sinal exclusivo para os pedestres. Para garantir a travessia dessas pessoas antes do Mobicentro, que começou a ser colocado em prática em outubro de 2013 com as mexidas na Praça da Estação, a empresa que comanda o tráfego na cidade considerava que um pedestre se locomovia a uma velocidade de 1,3 metro por segundo. Atualmente, a BHTrans considera uma velocidade menor, de 0,9 metro por segundo, o que demanda mais tempo para garantir atravessamentos mais seguros. Ontem, pedestres chegaram a estranhar o tempo que dispunham na Praça Sete. “Melhorou bastante. Quando comecei a conversar com você estava abrindo. Agora, terminei e ainda está aberto”, brinca o auxiliar administrativo Tiago César da Cruz, de 29. “O fato de precisar olhar apenas para um fluxo de veículos na hora de atravessar ajuda bastante. Acho que o grande problema era a confusão com quem entrava à direita”, diz o padeiro Josemir Gonçalves, de 41.
ESTACIONAMENTOS Os novos movimentos para substituir as conversões à direita não agradaram alguns motoristas, como o músico Rogério de Souza, de 42. “Parava meu carro no estacionamento atrás do posto Uai, na Amazonas. Agora, preciso dar uma volta gigante, passando pela Caetés, que está sempre agarrada. Não vi nenhuma melhoria”, critica. No estacionamento em questão, o gerente Alcides Soares disse que o impacto ontem foi muito grande. Por volta das 11h, quando o normal era uma ocupação total das 100 vagas cobertas, 24 vagas estavam ociosas. Na parte de cima, que tem mais 100 vagas abertas, não havia nenhum carro parado, sendo que o mais comum é uma ocupação em torno de 70% para o horário. “Não vejo outra explicação que não essas mudanças de hoje (ontem) na Praça Sete”, diz o gerente.
Nos casos pontuais, o professor Guilherme Leiva, que é coordenador do curso de Engenharia de Transportes do Cefet, diz que o mais comum são as reclamações por conta da mudança de traçado. “As pessoas que já têm uma rotina usando aquelas vias para acessar os seus destinos finais passam por um período de adaptação que vai de um a três meses, normalmente. Já para os demais a mudança tende a ser positiva, porque todas as faixas ganham mais fluidez no momento em que não existe a redução de velocidade para fazer a conversão. No caso do pedestre, a mudança ajuda também aqueles com mobilidade reduzida”, diz o especialista. O superintendente José Carlos Ladeira diz que na Praça Sete passam 330 mil pedestres todos os dias e a mudança tira da praça os veículos que não têm a necessidade de passar por ali, podendo fazer outros caminhos onde o conflito com os transeuntes é menor.
O principal problema observado na Praça Sete antes da mudança de ontem era a confusão entre carros que faziam as entradas à direita e os pedestres que nunca respeitavam o sinal voltado para os transeuntes. Agora, não existe mais essa preocupação. O pedestre que estiver na Amazonas precisa olhar apenas os carros que vêm da Afonso Pena, e vice-versa. “Só aquele que começar a atravessar no finalzinho do sinal verde que não vai conseguir fazer a travessia completa e vai parar no canteiro central. Todos os outros que começarem a travessia vão terminá-la concluindo as duas etapas no mesmo movimento”, afirma o superintendente de Implantação e Manutenção da BHTrans, José Carlos Ladeira. Ele aponta que essa é a 21ª intervenção dentro do Mobicentro. Os próximos passos serão feitos com o foco voltado especialmente para os corredores Amazonas e Bias Fortes, além de uma intervenção pontual na Afonso Pena, na altura da Praça ABC. A Rua Cláudio Manoel não chegará mais à esquina de Getúlio Vargas e Afonso Pena e o fluxo será desviado para a Piauí, que passará a atravessar a Getúlio Vargas.
José Carlos Ladeira explica que um dos norteadores das mudanças promovidas pela BHTrans é o aumento do tempo destinado aos pedestres. Segundo ele, 78% das interseções de Belo Horizonte que são reguladas por semáforos possuem sinal exclusivo para os pedestres. Para garantir a travessia dessas pessoas antes do Mobicentro, que começou a ser colocado em prática em outubro de 2013 com as mexidas na Praça da Estação, a empresa que comanda o tráfego na cidade considerava que um pedestre se locomovia a uma velocidade de 1,3 metro por segundo. Atualmente, a BHTrans considera uma velocidade menor, de 0,9 metro por segundo, o que demanda mais tempo para garantir atravessamentos mais seguros. Ontem, pedestres chegaram a estranhar o tempo que dispunham na Praça Sete. “Melhorou bastante. Quando comecei a conversar com você estava abrindo. Agora, terminei e ainda está aberto”, brinca o auxiliar administrativo Tiago César da Cruz, de 29. “O fato de precisar olhar apenas para um fluxo de veículos na hora de atravessar ajuda bastante. Acho que o grande problema era a confusão com quem entrava à direita”, diz o padeiro Josemir Gonçalves, de 41.
ESTACIONAMENTOS Os novos movimentos para substituir as conversões à direita não agradaram alguns motoristas, como o músico Rogério de Souza, de 42. “Parava meu carro no estacionamento atrás do posto Uai, na Amazonas. Agora, preciso dar uma volta gigante, passando pela Caetés, que está sempre agarrada. Não vi nenhuma melhoria”, critica. No estacionamento em questão, o gerente Alcides Soares disse que o impacto ontem foi muito grande. Por volta das 11h, quando o normal era uma ocupação total das 100 vagas cobertas, 24 vagas estavam ociosas. Na parte de cima, que tem mais 100 vagas abertas, não havia nenhum carro parado, sendo que o mais comum é uma ocupação em torno de 70% para o horário. “Não vejo outra explicação que não essas mudanças de hoje (ontem) na Praça Sete”, diz o gerente.
Nos casos pontuais, o professor Guilherme Leiva, que é coordenador do curso de Engenharia de Transportes do Cefet, diz que o mais comum são as reclamações por conta da mudança de traçado. “As pessoas que já têm uma rotina usando aquelas vias para acessar os seus destinos finais passam por um período de adaptação que vai de um a três meses, normalmente. Já para os demais a mudança tende a ser positiva, porque todas as faixas ganham mais fluidez no momento em que não existe a redução de velocidade para fazer a conversão. No caso do pedestre, a mudança ajuda também aqueles com mobilidade reduzida”, diz o especialista. O superintendente José Carlos Ladeira diz que na Praça Sete passam 330 mil pedestres todos os dias e a mudança tira da praça os veículos que não têm a necessidade de passar por ali, podendo fazer outros caminhos onde o conflito com os transeuntes é menor.