Jornal Estado de Minas

Pimentel garante abastecimento de água na Grande BH nos próximos 20 anos

O governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel, disse, nesta quarta-feira, que a Região Metropolitana de Belo Horizonte não sofrerá com falta de água em 2016 e nos próximos 20 anos. Com a conclusão da obra da adutora que vai captar água diretamente do Rio Paraopeba e abastecer o sistema Rio Manso, em Brumadinho, na Grande BH, a expectativa é que o volume de água nos reservatórios que abastecem a capital e o entorno volte ao normal em um prazo de três anos, segundo a Copasa. A inauguração da adutora será em 20 de dezembro.

As obras para a construção da adutora começaram em 1º de julho e prometem captar 5.000 litros de água por segundo, diretamente do Paraopeba. Esse volume será bombeado por tubulações de aço com 1,5 metro de diâmetro e se estenderão por 6,5 quilômetros, desde a margem do rio, próxima ao Centro de Arte Contemporânea Inhotim, até a Estação de Tratamento de Água (ETA) do Rio Manso. Por enquanto, cerca de dois quilômetros de adutora já estão concluídos.

A outorga para a captação no Paraopeba permite que a retirada de água seja realizada no período de outubro a maio, que corresponde à estação chuvosa no estado. Nesse intervalo, os demais reservatórios serão poupados para retomar seus níveis normais.


A obra de integração dos sistemas está orçada em R$ 128,4 milhões e prevê oito intervenções técnicas que implicam interrupção do abastecimento. A primeira foi realizada em 26 de julho e não provocou prejuízos para a população.

O Rio Manso é o maior dos três reservatórios que integram o Sistema Paraopeba, formado ainda pelas represas de Serra Azul e Vargem das Flores. A barragem do Rio Manso se encontra hoje com 41,1% de sua capacidade

MEDIDAS SUSPENSAS Na última segunda-feira, presidente da Copasa, Sinara Meireles, anunciou que a Região Metropolitana de Belo Horizonte não vai passar por racionamento. A medida foi antecipada pelo jornal Estado de Minas.

Um dos principais motivos para descartar o racionamento foi consumo doméstico que foi reduzido em 14,2%, em média, nos últimos cinco meses. A meta estabelecida pela Copasa foi de 30%. Além da economia registrada nas residências, as chuvas atípicas de março e maio contribuíram para a suspensão do racionamento..