Jornal Estado de Minas

Suspeito de matar estudante em calourada da PUC fica em silêncio durante interrogatório

O homem suspeito de matar com um tiro no rosto o estudante Daniel Adolpho de Melo Viana, 23 anos, durante uma calourada da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-Minas), realizada sábado, no Bairro Dom Cabral, Região Noroeste de Belo Horizonte, foi interrogado na manhã desta quarta-feira pela Polícia Civil, mas não contribuiu em nada com as investigações. Pedro Henrique Costa Lourenço, 29 anos, preferiu se manter em silêncio sobre o caso e disse aos policiais que vai se pronunciar apenas em juízo.

Entenda o caso

Segundo testemunhas, o autor do tiro, Pedro Henrique, esbarrou em Daniel e começou a gritar com a vítima, sacou uma arma de fogo e atirou. De acordo com a PM, cerca de 2 mil pessoas participavam de uma festa em um bar conhecido como Bar Rosa.

O público segurou o suspeito até a chegada da Polícia Militar, que prendeu o jovem. Ele foi reconhecido por funcionários do bar e foi levado para a Central de Flagrantes da Polícia Cívil, no bairro Floresta. A arma utilizada por Pedro não foi encontrada. Viana morreu na hora.

Este não foi o primeiro caso de ocorrência causada pela calourada realizada nas imediações da PUC Minas.
O estudante estudante A.B.N.C., de 19 anos, provocou uma série de batidas ao dirigir embriagado enquanto saía da festa. Moradores da região reclamam da violência constante e do fechamento das ruas com festas.

A PUC se pronunciou sobre o caso na tarde de sábado e salientou que a festividade não fazia parte da faculdade. No comunicado, a Pontifícia Universidade Católica apontou problemas no funcionamento do bar e se mostrou contra as aglomerações formadas no local.

Nesta terça, a Prefeitura de Belo Horizonte confirmou a participação dos bares do Centro Comercial Top Shopping, mais conhecido como Shopping Rosa, nas festas no entorno do câmpus Coração Eucarístico da PUC Minas. Em nota, a administração municipal disse que os participantes dos eventos consomem bebidas fornecidas pelos estabelecimentos e, em outra ocasião, foi constatada a participação efetiva dos bares na divulgação das festas promovidas sem o aval do poder público..