O estudante Michael Donizete Lourenço que dirigia uma Land Rover a 140 km/h quando se envolveu em um acidente com morte no Bairro Belvedere, Região Centro-Sul de Belo Horizonte, teve mais uma derrota na Justiça. O jovem responde por homicídio com dolo eventual - quando o autor, mesmo sem querer, assume o risco de matar – pela morte de Fábio Pimentel Fraiha, 20. Nesta quarta-feira, os desembargadores da 4ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), negaram recurso do réu e mantiveram a sentença que o leva a júri popular.
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Justiça nega recurso e confirma júri popular para estudante que matou jovem no BelvedereEstudante que provocou acidente com morte de jovem no Belvedere vai a júriEm abril do ano passado, o juiz Guilherme Queiroz Lacerda, pronunciou o réu a enfrentar o júri popular. O réu recorreu ao Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), alegando que houve culpa concorrente, já que a vítima estava embriagada e desrespeitou a sinalização. Argumentou também que o exame de alcoolemia a que foi submetido apontou resultado zero de concentração de álcool no sangue.
Os desembargadores negaram o recurso do estudante, que pretendia desclassificar o crime de homicídio com dolo eventual para homicídio culposo. Por causa disso, os defensores entraram com embargos infringentes e de nulidade que foram analisados nesta quarta-feira pela 4ª Camara Criminal.
Ao negar novamente o recurso, os desembargadores afirmaram que não é possível a desclassificação do crime nessa fase, já que há indícios da possibilidade de o réu ter agido com dolo eventual, assumindo o risco de produzir a morte da vítima. Somente o desembargador Doorgal Andrada acatou o pedido, mas foi voto vencido.
Veja imagens do momento do acidente: