Vídeos gravados por integrantes do movimento contra o aumento das passagens de Belo Horizonte e pela Polícia devem ser usados para apurar se houve uso excessivo de força policial. Enquanto ativistas gravaram imagens em que, segundo eles, houve práticas exageradas e xingamentos por parte dos policiais, o comando do Batalhão de Choque garante que vai reunir vídeos para comprovar as várias tentativas de negociação antes da ação.
Leia Mais
Pimentel diz que PM agiu dentro do protocolo durante manifestação em BHHotel invadido por manifestantes perde hóspedes e contabiliza prejuízosAudiência pública que iria discutir atuação da PM em manifestações é canceladaALMG vai discutir ação da PM contra ativistas durante protesto em Belo HorizonteSegundo protesto contra alta das tarifas percorre o Centro e termina de forma pacíficaPM reforça que não vai permitir fechamento de vias no protesto desta sexta-feiraO comandante afirma ainda que a corporação tem documentado os momentos de negociação, para se resguardar diante de denúncias de arbitrariedades. Afirmou que há preocupação de mostrar a legalidade da ação. “Com relação ao comando da PM, foi cumprido exatamente o que o memorando sobre o uso da força estipula. Todos os processos foram seguidos”, afirmou.
Por meio de nota, o governo de Minas informou que “todo o relato dos policiais em serviço na ocorrência é de que a conduta adotada foi necessária em função das circunstâncias daquele momento”.
Críticas à operação policial
A Defensoria Pública vai buscar junto ao governo estadual a garantia para que a PM respeite a manifestação contra o aumento da tarifa, prevista para hoje. A defensora Júnia Roman Carvalho, da área de Direitos Humanos, criticou a ação policial que, segundo ela, cerceou até seu trabalho. Em nota, a OAB/MG repudiou a operação “desrespeitosa e truculenta”. “Os atos de violência configuram um atentado ao estado democrático de direito, em especial porque também foram relatados casos de cerceamento de defesa aos advogados”, completou..