Erros e acertos marcaram a estreia em Belo Horizonte do Uber-X, o serviço “popular” de transporte de passageiros que o polêmico aplicativo americano lançou, com veículos fabricados a partir de 2008 – a modalidade Black, em operação desde o semestre passado em BH, exige carros luxuosos, no máximo com três anos de uso. Na prática, o novo serviço tende a acirrar a disputa com taxistas, pois oferece o quilômetro rodado com preço inferior ao do concorrente (R$ 1,07 o quilômetro rodado, contra R$ 2,73 na bandeirada um e R$ 3,28 na dois, cobrados pelos táxis).
O Estado de Minas fez duas viagens em carros da nova modalidade e constatou pontos positivos e negativos – ambos os motoristas não foram avisados de que as corridas dariam origem a uma reportagem. A primeira avaliação leva em conta o atraso do Uber em disponibilizar a nova modalidade aos usuários. Anunciado para entrar em operação à meia-noite de quinta-feira, o ícone Uber-X só pôde ser acessado a partir das 14h de ontem. A empresa, que prima pelo rápido atendimento, não justificou o motivo da demora.
A primeira viagem de teste foi feita entre o Bairro Funcionários, na Região Centro-Sul de BH, e o Bairro Padre Eustáquio, na Noroeste. A segunda ocorreu no caminho de volta. Em ambas, os motoristas se preocuparam com o visual: camisa social para dentro da calça, sapatos limpos e cabelos bem penteados. A educação no trato com o passageiro é outro destaque, assim como a limpeza dos veículos.
Mas há críticas que servem de alerta aos usuários. A principal pode pesar no bolso de quem contrata o serviço. Nenhum dos dois motoristas perguntou se havia um percurso de preferência do repórter, praxe adotada por muitos taxistas. A viagem ao Padre Eustáquio, em um Nissan Versa ano 2014, começou às 14h24, cinco minutos depois do prazo médio estipulado pelo aplicativo para o início da corrida.
O condutor, um ex-professor universitário, é educador voluntário em um projeto de empreendedorismo para jovens. Depois de ligar o ar-condicionado, ele desceu a Avenida Afonso Pena. A viagem teve como parte do trajeto a Avenida Pedro II, onde havia retenção. Geralmente, moradores do local de destino da corrida optam pela Rua Padre Eustáquio. Diante da lentidão do trânsito na avenida, foi pedido ao condutor que alterasse a rota.
“Estava seguindo a orientação do GPS”, justificou o motorista. Mas ele ponderou que informaria ao Uber para que fizesse um “abatimento” no preço da corrida, caso o passageiro desejasse e se o valor ficasse maior do que o estipulado pelo aplicativo no momento em que o serviço foi solicitado. O preço final foi R$ 29, acima do estipulado pelo Uber-X, que havia informado custo entre R$ 18 e R$ 23.
No retorno ao Bairro Funcionários, a bordo de um Kia Cerato ano 2010, o condutor contou que estava entusiasmado com o serviço, e que aquela era sua segunda viagem no dia. “Levei um passageiro ao Bairro Castelo (na Pampulha)”, contou. Ele optou por seguir a Rua Henrique Gorceix até a Via-Expressa. Não é o caminho mais recomendado, pois quem faz esse percurso entra no sentido oposto ao do Bairro Funcionários.
O ideal seria trafegar apenas um quarteirão pela Henrique Gorceix e entrar à esquerda na Rua Riachuelo, seguindo até a Rua Ingaí, pois nesse trajeto o veículo entra no sentido correto da Via-Expressa. Em compensação, o motorista ofereceu ao passageiro balas e água mineral. “Todo Uber tem que ter esses produtos”, informou o rapaz. O custo da corrida, que levou 31 minutos, dois a menos que a ida, ficou em R$ 28. (PHL)
O Estado de Minas fez duas viagens em carros da nova modalidade e constatou pontos positivos e negativos – ambos os motoristas não foram avisados de que as corridas dariam origem a uma reportagem. A primeira avaliação leva em conta o atraso do Uber em disponibilizar a nova modalidade aos usuários. Anunciado para entrar em operação à meia-noite de quinta-feira, o ícone Uber-X só pôde ser acessado a partir das 14h de ontem. A empresa, que prima pelo rápido atendimento, não justificou o motivo da demora.
A primeira viagem de teste foi feita entre o Bairro Funcionários, na Região Centro-Sul de BH, e o Bairro Padre Eustáquio, na Noroeste. A segunda ocorreu no caminho de volta. Em ambas, os motoristas se preocuparam com o visual: camisa social para dentro da calça, sapatos limpos e cabelos bem penteados. A educação no trato com o passageiro é outro destaque, assim como a limpeza dos veículos.
Mas há críticas que servem de alerta aos usuários. A principal pode pesar no bolso de quem contrata o serviço. Nenhum dos dois motoristas perguntou se havia um percurso de preferência do repórter, praxe adotada por muitos taxistas. A viagem ao Padre Eustáquio, em um Nissan Versa ano 2014, começou às 14h24, cinco minutos depois do prazo médio estipulado pelo aplicativo para o início da corrida.
O condutor, um ex-professor universitário, é educador voluntário em um projeto de empreendedorismo para jovens. Depois de ligar o ar-condicionado, ele desceu a Avenida Afonso Pena. A viagem teve como parte do trajeto a Avenida Pedro II, onde havia retenção. Geralmente, moradores do local de destino da corrida optam pela Rua Padre Eustáquio. Diante da lentidão do trânsito na avenida, foi pedido ao condutor que alterasse a rota.
“Estava seguindo a orientação do GPS”, justificou o motorista. Mas ele ponderou que informaria ao Uber para que fizesse um “abatimento” no preço da corrida, caso o passageiro desejasse e se o valor ficasse maior do que o estipulado pelo aplicativo no momento em que o serviço foi solicitado. O preço final foi R$ 29, acima do estipulado pelo Uber-X, que havia informado custo entre R$ 18 e R$ 23.
No retorno ao Bairro Funcionários, a bordo de um Kia Cerato ano 2010, o condutor contou que estava entusiasmado com o serviço, e que aquela era sua segunda viagem no dia. “Levei um passageiro ao Bairro Castelo (na Pampulha)”, contou. Ele optou por seguir a Rua Henrique Gorceix até a Via-Expressa. Não é o caminho mais recomendado, pois quem faz esse percurso entra no sentido oposto ao do Bairro Funcionários.
O ideal seria trafegar apenas um quarteirão pela Henrique Gorceix e entrar à esquerda na Rua Riachuelo, seguindo até a Rua Ingaí, pois nesse trajeto o veículo entra no sentido correto da Via-Expressa. Em compensação, o motorista ofereceu ao passageiro balas e água mineral. “Todo Uber tem que ter esses produtos”, informou o rapaz. O custo da corrida, que levou 31 minutos, dois a menos que a ida, ficou em R$ 28. (PHL)