A história da turística Tiradentes, na Região do Campo das Vertentes, começa a ser revolvida a partir de amanhã e promete trazer à tona uma cidade com mais conforto, segurança e beleza para moradores e visitantes. Depois de três anos de expectativa, terá início a obra de revitalização do calçamento do Centro, com retirada das pedras, preparação do terreno, nivelamento e compactação da base e, finalmente, retorno do piso que dá charme às ruas de traçado colonial. A expectativa é de um ano e meio de intervenção, mas, segundo o prefeito Ralph Justino, o serviço pode ser reduzido para oito meses.
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Projeto de nivelamento do calçamento de Tiradentes se arrasta há quase dois anos e meioAlém de calçamento, Tiradentes vai ganhar iluminaçãoPrefeitura de Tiradentes vai reassentar o calçamento do centro históricoTiradentes vai receber intervenções para acabar com a poluição do Ribeirão Santo AntônioTuristas aprovam proibição de veículos nas ruas de Tiradentes durante festivalTiradentes recebe festival de gastronomia com obras de revitalização a todo vaporBeatificação do mineiro Padre Victor acontece em novembroMoradores e iniciativa privada se unem para restaurar igreja em BiribiriRalph explica que, além do projeto de revitalização do calçamento, será feita a pavimentação com paralelepípedo de um trecho de 50 metros, perto do Solar da Ponte, para o qual houve autorização do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).
Os serviços no Centro Histórico vão começar na Igreja da Santíssima Trindade, passarão em frente à Matriz de Santo Antônio até chegar ao Largo das Forras, entre outros trechos. “A intenção é trabalhar em quatro ou cinco frentes para agilizar a ação nos quarteirões. Para a circulação dos pedestres, haverá telas isolando as passarelas, lojas e residências.
ÚTIL E AGRADÁVEL A ideia, na revitalização do Centro Histórico, é que o projeto valorize ainda mais a iniciativa municipal de estimular os visitantes a caminhar por Tiradentes, onde há sempre boa programação cultural em cartaz. Há quatro meses, nos fins de semana e feriados prolongados, a região é fechada aos automóveis e motos a fim de proteger o patrimônio datado dos séculos 18 e 19 e proporcionar a quem chega o prazer de conhecer, a pé, igrejas, museus, casario antigo, ruas pavimentadas de pedras, comércio charmoso e restaurantes.
Tiradentes foi a primeira no estado a adotar tal medida e a segunda no país, pioneirismo que coube a Paraty (RJ).
Em Minas, outras cidades como Ouro Preto, na Região Central, adotam, em caráter experimental, a interdição de ruas históricas nos fins de semana.
Sem buracos no caminho
Com a projeto de revitalização do calçamento, certamente vão sumir buracos, desníveis nas ruas e outras deformações que atrapalham o vaivém dos visitantes de Tiradentes. A campanha “Viva a cidade a pé”, diz o prefeito, tem agradado e “funcionado direitinho”. A proposta de impedir o trânsito de automóveis no Centro Histórico de Tiradentes surgiu há mais de cinco anos, quando também começaram os debates para avaliar impactos, efeitos e outras questões. A decisão de restringir a circulação, dentro da campanha foi precedida de discussão com a comunidade e entendimentos com diversas instituições (Polícia Militar, Corpo de Bombeiros e outros). O perímetro fechado fica entre as ruas Direita e Padre Toledo (sentido horizontal) e Largo do Sol e Rua da Câmara (vertical). Já em Diamantina, no Vale do Jequitinhonha, a prefeitura acaba de promover um curso para calceteiros (pessoas especializadas em pavimentação com pedras), com revitalização de áreas do Centro Histórico.
Monumento será restaurado
Tendo a Serra de São José como cenário, o famoso chafariz de Tiradentes (foto) também vai ser restaurado com recursos do pacote liberado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e governo de Minas.