A Polícia Civil investiga dois assassinatos violentos em menos de seis horas em Uberlândia, na Região do Triângulo Mineiro, que deixou seis pessoas mortas. O primeiro crime aconteceu na noite de domingo no entroncamento entre as BRs 050 e 452. Um agente penitenciário foi abordado por dois homens em uma moto que atiraram contra ele e fugiram. A segunda ocorrência aconteceu 2h desta segunda-feira. Cinco pessoas foram mortas a tiros em uma rua do Bairro Lagoinha. O delegado Rafael Silva Ferreira, da Delegacia de Homicídios da cidade, afirmou que não descarta que os crimes tenham ligação, mas que acha pouco provável.
Uma das vítimas chegou a ser socorrida para o Hospital das Clínicas de Uberlândia, mas não resistiu aos ferimentos. Segundo a Polícia Civil, duas das vítimas, que estavam com documentos de identificação no momento do assassinato, foram identificadas. As duas já tinham sido presas anteriormente por cometer crimes, não especificados pela corporação. As outras três pessoas não tinham sido identificadas até o fim desta reportagem.
O crime aconteceu seis horas depois do assassinato do agente penitenciário Edson Ferreira da Silva. De acordo com a PM, a vítima deixou o Presídio Professor Jacy de Assis, onde trabalha, quando acabou perseguido e morto por motociclistas. A vítima foi atingida com tiros de pistola .40. O homem chegou a ser socorrido com vida e encaminhado para o Hospital de Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia, mas não resistiu aos ferimentos. Ninguém foi preso.
A Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds) afirmou que Edson trabalhava como agente penitenciário desde 1998. Um grupo de ação emergencial foi criado com representantes da área de inteligência da Polícia Militar de Minas Gerais, Polícia Civil de Minas Gerais, Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais, para apurar ataques e ameaças contra agentes públicos no Triângulo Mineiro. A Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal e as Forças Armadas foram convidados para ingressar na comissão.
O delegado Rafael Silva Ferreira é o responsável pelos dois casos. Por meio da assessoria de imprensa da Polícia Civil, o policial afirmou que os inquéritos para apurar os assassinatos já foram abertos e que as investigações estão em curso. Ferreira disse, sobre a chacina, que não tem como descartar e nem definir uma linha de investigação no momento. Porém, não descartou que os crimes tenham relação, apesar de achar pouco provável.