Depois da perda do garoto Pedro Gomes de Oliveira, que apesar dos esforços para arrecadar doações por meio da campanha Salve o Pedrinho, acabou não resistindo dias antes de embarcar para a cirurgia de transplante de órgãos nos Estados Unidos, nova mobilização começa a surgir em torno do semelhante caso da menina Lavínia Emanuele, de 1 ano e dois meses, internada no Hospital da Unimed, em Betim. “A vida dela é o CTI. Outro dia, estava estudando com a enfermeira a possibilidade de ela tomar um banho de sol”, explica a mãe, a ex-balconista Adriana Domiciano Furtado, de 26 anos, moradora de Juatuba.
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Após morte do bebê Pedrinho, advogados querem que União implante tratamento no paísMorre o bebê Pedrinho, que aguardava por transplante de intestino nos EUABebê de seis meses aguarda transplante de US$ 1 milhãoMorte da bebê Sofia chama atenção para as famílias que lutam para garantir transplantePara minimizar o sofrimento da bebê, que ainda não consegue se sentar nem falar, devido ao atraso no desenvolvimento em função do quadro de saúde, Adriana leva novos brinquedos para distrair a criança, além de lindas roupinhas. Nem sempre consegue trocar a filha sozinha e nunca pode dar um banho na bebê, que se alimenta por via parenteral e está entubada.
Exatamente o mesmo quadro de saúde apresentava o garoto Pedrinho. Na campanha Salve a Lalá, a família de Lavínia estuda com advogados ajuizar ação idêntica à do pequeno, que chegou a conseguir a sentença favorável e a angariar R$ 850 mil em doações, mas não resistiu à espera pela conclusão do processo. “Na sexta-feira, faltavam as passagens e o visto para o Pedrinho entrar nos Estados Unidos. Pediram para deixar esses procedimentos para a segunda-feira.
“A morte de Pedrinho não terá sido em vão. Acredito que o dom da vida e da morte está nas mãos de Deus, mas que a União e os procuradores desse processo são responsáveis pelo retardamento no cumprimento da ordem judicial, que já havia sido dada. O Pedrinho não recebeu o tratamento médico adequado”, afirma Fraga. Ele aguarda a chegada dos pais do bebê, que foram à Bahia enterrar o filho, para decidir sobre novas providências. “Os valores das doações estão bloqueados na Justiça e nós todos, antes de abrir o processo, assinamos documento nos comprometendo a transferir integralmente os recursos a instituições de caridade caso o bebê viesse a óbito”, diz o advogado, que precisa da aprovação expressa dos pais da criança para criar o “Instituto Pedrinho”, instrumento capaz de ajudar cerca de 40 crianças em situação idêntica no Brasil.
Em nota oficial, o Ministério da Saúde esclarece que “assim que a Justiça acionou a União com relação ao caso do bebê Pedro Gomes de Oliveira, iniciou, de imediato, os procedimentos para cumprimento da decisão”. “Após recebimento das informações pessoais para preenchimento do visto do paciente e dos seus responsáveis, o Ministério da Saúde pagou R$ 1.632 para concessão do visto aos Estados Unidos, de três pessoas.”
Síndrome do ntestino curto
A Doença de Richard Hirschsprung (Síndrome do Intestino Curto) é uma rara malformação congênita, que acomete de 2% a 3% dos recém-nascidos no Brasil. A doença genética é caracterizada por uma alteração no desenvolvimento do sistema nervoso ligado ao intestino. Em função do quadro, o paciente não consegue se alimentar por via oral e precisa ser submetido à nutrição parenteral..