Começou, por volta das 9h desta quarta-feira, o julgamento de Alessandro Neves Augusto, de 33 anos, acusado de matar o fotógrafo Walgney Assis de Carvalho, em maio de 2013 em Ipatinga, no Vale do Aço. O júri popular é realizado no Tribunal do Júri de Coronel Fabriciano.
Segundo o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), o conselho de sentença é formado por seis homens e uma mulher. O delegado responsável pelas investigações, Emerson Moraes, do Departamento de Investigações de Homicídios e Proteção à Pessoa de Belo Horizonte (DHPP), será ouvido. As demais testemunhas foram dispensadas.
Alessandro, também conhecido como Pitote, já foi condenado a 16 anos de prisão pela morte do jornalista investigativo Rodrigo Neto. Os assassinatos têm ligação com um grupo de extermínio que agia na região e que os jornalistas estavam investigando. O repórter, que trabalhava com Walgney, denunciou o envolvimento de policiais na série de assassinatos.
Rodrigo, que trabalhava numa rádio em Ipatinga, preparava uma série de reportagens para marcar seu retorno a um jornal da cidade, em que apresentava novas evidências de envolvimento de policiais em assassinatos. Na madrugada de 8 de março, entretanto, ele foi executado com três tiros no Bairro Canaã, em Ipatinga.
Pouco mais de um mês, em 14 de abril, Walgney foi morto a tiros, em um pesque e pague em Coronel Fabriciano. Ele havia revelado que conhecia detalhes sobre a morte do colega. De acordo com as investigações, Pitote foi até um pesque pague em Coronel Fabriciano onde a vítima costumava frequentar. Com um revólver calibre 38, a mesma utilizada no assassinato de Rodrigo, o homem se aproximou da vítima com os rosto coberto e atirou. O fotógrafo foi atingido na cabeça e no tórax.
Com informações de João Henrique do Vale