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Estado de Minas

Audiência pública que iria discutir atuação da PM em manifestações é cancelada

Assembleia Legislativa de Minas Gerais revelou que não foi informada dos motivos que levaram à suspensão da reunião


postado em 20/08/2015 19:50

PM usou balas de borrachas e bombas de gás lacrimogêneo para dispersar os manifestantes na Rua da Bahia(foto: WhatsApp/Divulgação)
PM usou balas de borrachas e bombas de gás lacrimogêneo para dispersar os manifestantes na Rua da Bahia (foto: WhatsApp/Divulgação)
A audiência pública da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), em que os parlamentares discutiriam a atuação da Polícia Militar (PM) em manifestações de rua, foi cancelada na noite desta quinta-feira. A sessão, que estava marcada para esta sexta-feira, às 10h, no auditório da ALMG, debateria especialmente a ação da PM durante primeira manifestação de movimentos sociais contra o aumento das passagens de ônibus em Belo Horizonte e o conflito com manifestantes.

Em nota, a ALMG somente relatou o cancelamento e, pela assessoria de imprensa da casa, disse ainda não ter sido informada sobre o que teria motivado a suspensão da reunião. O encontro foi convocado pela Comissão de Direitos Humanos da ALMG. Até o momento, o presidente da comissão, deputado Cristiano Silveira (PT), não atendeu as ligações da reportagem do em.com.br para esclarecer porque a audiência foi cancelada e se poderá ser remarcada.

De acordo com o deputado, em entrevista sobre a realização da reunião, "Há relatos de exageros na atuação da polícia. Esse não foi o primeiro episódio envolvendo uma ação truculenta. Em manifestação recente perto da Cidade Administrativa, na região do Isidoro, isso também ocorreu."

Na ocasião, balas de borrachas e bombas de gás lacrimogêneo foram usadas para dispersar os manifestantes. A PM afirma que pedras foram arremessadas contra o pelotão. Pessoas ficaram feridas e 61 ativistas foram detidos.

Entre os convidados para a reunião, está o secretário de Estado de Direitos Humanos, Participação Social e Cidadania, Nilmário Miranda. Ele ouviu alguns ativistas no dia segunda da manifestação do dia 12 no Escritório de Direitos Humanos. Os depoimentos serão colocados em um relatório que será encaminhado para o governador Fernando Pimentel (PT). Nilmário criticou a ação da PM no protesto.

Além dele, foram convidados o comandante-geral da Polícia Militar, coronel Marco Antônio Badaró Bianchini, o comandante do Batalhão de Choque da PM, tenente-coronel Gianfranco Caiafa; o comandante da 13ª Região da PM, coronel Carlos José Bratiliere, o comandante da 63ª Cia. da PM, major Edimilson Correia da Costa, a representante do Movimento Tarifa Zero, Annie Oviedo, e a professora Patrícia Santos. (Com informações de João Henrique do Vale)

Ver galeria . 46 Fotos Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press e Marcos Vieira/EM/D.A.Press
(foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press e Marcos Vieira/EM/D.A.Press )


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