As mortes de dois pacientes em um acidente na MGC-367, no Vale do Jequitinhonha, envolvendo um ônibus de turismo e um micro-ônibus que transportava moradores de Araçuaí para tratamento médico em Diamantina, voltam a chamar a atenção para o risco a que milhares de mineiros se submetem todos os dias ao cruzar o estado em busca de saúde. A batida, que feriu 30 pessoas na zona rural de Carbonita, é a segunda em menos de uma semana com veículos de transporte de pacientes. No dia 13, um micro-ônibus com moradores de Corinto capotou na BR-040 e deixou 10 feridos em Esmeraldas, na Grande BH.
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Busca por tratamento médico em BH lota as estradas mineiras Acidente deixa dois mortos e 30 feridos no Vale do JequitinhonhaQuatro vítimas de acidente no Vale do Jequitinhonha ainda seguem internadasMédico é indiciado por morte de jovem de 19 anos após o parto em Santa BárbaraAgentes penitenciários protestam por liberação da compra de armasMilhares de viagens são feitas no estado para tratamento de saúde. Em Minas, 28 grandes municípios servem de referência para atendimento de média e alta complexidade, mas são muitas as rotas que veículos das secretarias de saúde fazem em busca de assistência.
Tratamentos
As viagens, de modo geral, são resultado da falta de infraestrutura, equipamentos e de profissionais especializados para prestação de serviços de maior complexidade nos municípios de origem dos pacientes. Na lista de gargalos estão procedimentos relacionados à hemodiálise, tratamentos de câncer, cardiológicos e ortopédicos, entre outros.
Morador da cidade de Corinto, na Região Central, o tratorista Júlio Sérgio Pereira, de 38 anos, deveria ser atendido em Sete Lagoas, sua região de referência. Mas em 24 de julho veio para Belo Horizonte fazer uma cirurgia ortopédica, por falta de recursos e vaga.
Segundo a Secretaria de Estado de Saúde, ações de atenção à saúde estão sendo reformuladas para ampliar a oferta da assistência por meio do fortalecimento das redes de atenção. Entre elas, a conclusão de obras de hospitais regionais e a ampliação da assistência especializada em centros de atenção multiprofissional. A meta é reduzir a necessidade de deslocamento do paciente para esse atendimento especializado. “Entretanto, com inúmeros municípios de pequeno porte, será sempre necessário que pacientes se desloquem para assistência de alta complexidade”, reconhece a pasta em nota. De acordo com a secretaria, o serviço de transporte em saúde conta com motoristas e agentes de viagens capacitados.
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