Jornal Estado de Minas

Homem que matou estudante em bar em frente à PUC é indiciado por dois crimes


O homem que matou o estudante de direito Daniel Adolpho de Melo Vianna, de 23 anos, no último dia 8 foi indiciado por dois crimes. A Polícia Civil concluiu o inquérito nesta sexta-feira e concluiu que Pedro Henrique Costa Lourenço, de 29 anos, responderá por homicídio duplamente qualificado por motivo fútil e por ter atirado no meio da multidão, oferecendo perigo a outras pessoas. Além disso, Pedro foi indiciado por tentativa de homicídio qualificado também pelo delito em meio à muitas pessoas. Segundo a polícia, ele tentou atirar em outra pessoa para tentar fugir ao ser contido pelo público antes da chegada da PM.

O crime aconteceu durante uma festa no entorno da PUC, no Bairro Coração Eucarístico, Região Nordeste da capital. De acordo com as investigações, levantamentos apontam que o estudante teria esbarrado acidentalmente em Pedro, que se irritou e atirou contra o jovem. O universitário morreu na hora. A polícia chegou no local e prendeu Pedro, que foi autuado em flagrante. A arma usada no crime não foi localizada.

Durante a oitiva policial quatro dias depois do crime, Pedro Henrique preferiu ficar em silêncio, alegando que só se manifestaria em juízo.
Ele está preso no Presídio Inspetor José Martinho Drumond, em Ribeirão das Neves, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. O delegado encaminhou o inquérito para o Ministério Público, que ficará responsável por oferecer denúncia à Justiça.

Reclamações

Moradores reclamam que as festas atraem público de até 5 mil pessoas. A multidão fecha o trânsito e o barulho atravessa a madrugada. Há relatos de consumo de drogas, de sexo explícito em veículos e de brigas.

A PUC se pronunciou sobre o caso e salientou que a festividade não fazia parte da faculdade. No comunicado, a Pontifícia Universidade Católica apontou problemas no funcionamento do bar e se mostrou contra as aglomerações formadas no local.

Bares

Os bares do Shopping Rosa, onde aconteceu o crime, chegaram a ser interditados pela Prefeitura de Belo Horizonte na semana passada. Para reabrir as portas, os proprietários dos estabelecimentos firmaram um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com o Ministério Público de Minas Gerais e se comprometeram a funcionar apenas como restaurantes.

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