Os integrantes da seita religiosa conhecida como “Comunidade Evangélica Jesus, a verdade marca”, suspeita de praticar crimes de estelionato, lavagem de dinheiro, tráfico de pessoas no Sul de Minas, deixaram a cadeia. Seis pessoas estavam presas desde segunda-feira quando a Polícia Federal (PF) desencadeou a operação De Volta para Canaã. A prisão temporária venceu nessa sexta-feira e, para dois vereadores, neste sábado.
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As investigações da PF apontam que o grupo religioso arrebanhava pessoas aproveitando da fragilidade das mesmas e as convencia a doar todos os seus bens para serem aceitas em uma espécie de “mundo paralelo”. O argumento usado era de que “tudo seria de todos”. Muitas vítimas ficavam confinadas em fazendas, dormindo em alojamentos coletivos, trabalhando em situação análoga à de escravidão, sem receber nada de salário. Os investigadores estimam que o valor dos bens recebidos em doação chegue a cerca de R$ 100 milhões.
O em.com.br tentou contato com o delegado responsável pelo caso e os advogados dos presos, mas nenhum deles atendeu as ligações..