(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Ouvidoria vai investigar 51 denúncias de abuso policial em manifestação na capital

Em protesto contra reajuste das passagens em 12 de agosto, manifestantes foram contidos pelos policiais militares na Rua da Bahia


postado em 25/08/2015 20:03

Ver galeria . 46 Fotos Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press e Marcos Vieira/EM/D.A.Press
(foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press e Marcos Vieira/EM/D.A.Press )

O secretário Estadual de Direitos Humanos, Nilmário Miranda, encaminhou para a ouvidoria da Polícia Militar (PM) 51 denúncias de abuso cometido pela corporação durante a manifestação contra o aumento da tarifa de ônibus em 12 de agosto deste ano. Na ocasião, os policiais usaram bombas de gás lacrimogêneo e de efeito moral, além de balas de borracha, para conter os ativistas. A PM afirmou, na época, que foi atingida por pedras.

Durante audiência pública na Câmara Municipal de Belo Horizonte para discutir a atuação da PM durante um protesto de ocupações populares em junho deste ano, que terminou em tumulto, o ato contra o aumento das passagens veio à tona. O secretário afirmou que ouviu os manifestantes que estavam no protesto e que contaram terem sido vítimas da ação policial. “Nos dias seguintes ao ato, ouvi 51 pessoas e encaminhei seis para o Instituto Médico Legal (IML) de Belo Horizonte que apresentaram algum ferimento provocado por bala de borracha. Em seguida, os depoimentos foram entregues para a ouvidoria investigar”, afirma Nilmário Miranda.

O tumulto aconteceu no primeiro ato dos Movimentos Tarifa Zero BH e Passe Livre contra o aumento das passagens de ônibus. O grupo se concentrou na Praça Sete e saiu em passeata pela cidade. A PM já tinha informado que não toleraria o fechamento total das vias. Quando a passeata chegou na Rua da Bahia esquina com Avenida Augusto de Lima, teve o confronto. Alguns ativistas se esconderam em um hotel e 61 acabaram detidos. Eles foram liberados após um acordo. A PM disse que foi atingida por pedras lançadas por manifestantes.

Para Nilmário Miranda, que no dia seguinte ao protesto condenou a ação policial, a situação foi um fato isolado. “Depois desta primeira manifestação tivemos outras três na mesma semana que não tivemos problema algum. Foi tudo normal, inclusive com fechamento de vias. Então, consideram que foi um ponto fora da curva. Aquilo foi uma interpretação que a polícia fez do protocolo e agiu segundo aquilo, mas depois voltamos a tradição aqui de Minas que é de deixar seguir as manifestações”, comentou.

Protesto na Amazonas

Integrantes do Tarifa Zero e do Movimento Passe-Livre realizaram um novo protesto contra o aumento das passagens de ônibus em Belo Horizonte na manhã desta terça-feira. Eles tiveram apoio de estudantes do Centro Federal de Educação de Tecnológica de Minas Gerais (Cefet-MG) e fecharam a Avenida Amazonas, na Região Oeste de Belo Horizonte. O trânsito ficou lento.

A concentração começou por volta das 11h em frente ao instituto. Segundo os organizadores, o horário foi escolhido para angariar a participação dos alunos do Cefet e de uma escola pública em frente ao local. Com faixas, bandeiras e acompanhamento de um batuque, os manifestantes cantaram e gritaram palavras de ordem contra o reajuste. O ato terminou por volta das 13h30.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)