O tráfego pesado na via duplicada, com média de 80km/h, não intimida o motorista de uma picape Strada, que, em meio ao fluxo intenso da faixa da esquerda, usa uma das mãos para segurar o volante e a outra para digitar mensagens no celular. Instantes depois, na pista da direita, o condutor de uma van retém uma fileira de carros e caminhões ao desenvolver velocidade muito abaixo do ideal para a via. O motivo é o mesmo: o uso do telefone. As cenas registradas na segunda-feira, na BR-356, altura do Bairro Olhos d’Água, Região Sul de BH, ilustram como é frequente a distração dos motoristas nas rodovias. Um comportamento que já figura como segundo componente mais importante para acidentes, segundo levantamento da Polícia Rodoviária Federal (PRF). De janeiro a julho deste ano, das 7.471 batidas e atropelamentos registrados nas BRs em Minas Gerais, 2.346 (31,4%) foram causados pela falta de atenção dos motoristas, perdendo por pouco para o excesso de velocidade, que foi determinante em 2.393 casos (32%), segundo a PRF.
A regra que considera usar celular ao volante uma infração de gravidade média (R$ 85,13) é de 1997, quando foi sancionada a Lei 9.503, que institui o Código de Trânsito Brasileiro. Naquela época, os celulares no Brasil eram pouco mais de 4 milhões. Atualmente, os aparelhos chegam a 281,5 milhões, tecnologia que não só aumentou em quantidade, mas também ampliou as possibilidades de uso, com destaque para o acesso às redes sociais. Apesar de todo o perigo de dirigir usando o celular, o policial Fábio Jardim, da assessoria de comunicação da PRF, confirma que a prática tem sido cada vez mais observada nas estradas. “Sem dúvida, esse aumento percebido tem a ver com acessos ao Facebook e mensagens via WhatsApp”, afirma.
O problema, segundo ele, é que retirar o olhar e a atenção da estrada, ainda que durante pouquíssimos segundos, pode ter resultado fatal. “Se o condutor estiver dirigindo a 100km/h e tirar os olhos da via por quatro ou cinco segundos, para manusear o celular ou digitar uma palavra, rodará cerca de 120 metros às cegas. A cada segundo desses, qualquer obstáculo pode surgir à frente. Pode ser um animal, um buraco, um pedestre, um ciclista, um outro carro entrando na pista ou tentando uma ultrapassagem. Nesses casos, é fundamental ter tempo, para que a reação seja adequada”, afirma.
O agente lembra ainda que, como a velocidade na estrada é maior, os acidentes tendem também a ser mais violentos. “Como as estradas têm melhorado, os motoristas estão correndo mais. A combinação entre alta velocidade e distração muitas vezes é irreparável”, afirma o policial. Ele ainda faz um alerta: “Entre digitar e manter o aparelho no ouvido, as mensagens são ainda piores, pois retêm mais a atenção do condutor”.
A regra que considera usar celular ao volante uma infração de gravidade média (R$ 85,13) é de 1997, quando foi sancionada a Lei 9.503, que institui o Código de Trânsito Brasileiro. Naquela época, os celulares no Brasil eram pouco mais de 4 milhões. Atualmente, os aparelhos chegam a 281,5 milhões, tecnologia que não só aumentou em quantidade, mas também ampliou as possibilidades de uso, com destaque para o acesso às redes sociais. Apesar de todo o perigo de dirigir usando o celular, o policial Fábio Jardim, da assessoria de comunicação da PRF, confirma que a prática tem sido cada vez mais observada nas estradas. “Sem dúvida, esse aumento percebido tem a ver com acessos ao Facebook e mensagens via WhatsApp”, afirma.
O problema, segundo ele, é que retirar o olhar e a atenção da estrada, ainda que durante pouquíssimos segundos, pode ter resultado fatal. “Se o condutor estiver dirigindo a 100km/h e tirar os olhos da via por quatro ou cinco segundos, para manusear o celular ou digitar uma palavra, rodará cerca de 120 metros às cegas. A cada segundo desses, qualquer obstáculo pode surgir à frente. Pode ser um animal, um buraco, um pedestre, um ciclista, um outro carro entrando na pista ou tentando uma ultrapassagem. Nesses casos, é fundamental ter tempo, para que a reação seja adequada”, afirma.
O agente lembra ainda que, como a velocidade na estrada é maior, os acidentes tendem também a ser mais violentos. “Como as estradas têm melhorado, os motoristas estão correndo mais. A combinação entre alta velocidade e distração muitas vezes é irreparável”, afirma o policial. Ele ainda faz um alerta: “Entre digitar e manter o aparelho no ouvido, as mensagens são ainda piores, pois retêm mais a atenção do condutor”.