Jornal Estado de Minas

Quadrilha que deu prejuízo de quase R$ 400 mil a agências bancárias de MG é desarticulada


Uma quadrilha que gerou um prejuízo de quase R$400 mil a agências bancárias de Minas Gerais em um período de pouco mais de um ano foi desarticulada pela Polícia Civil, que conseguiu prender 17 suspeitos de envolvimento com a organização criminosa. O bando atuava tanto em cidades da Região Metropolitana de Belo Horizonte quanto no interior do estado e também era especialista em roubo de cargas. Com eles também foram apreendidos carros roubados, carretas e um caminhão.

Segundo as investigações, a quadrilha agia de forma planejada e aplicava o mesmo modus operandi em todos os furtos a caixas eletrônicos. Para arrombar os terminais, os criminosos usavam maçaricos para cortar, cilindros de gás, pés-de-cabra, água em garrafas pet para resfriamento e tintas spray para pintar as lentes das câmeras de videomonitoramento.

Em cada ação bem-sucedida, a organização embolsava milhares de reais, como no caso de um furto a uma agência do Banco Santander em Belo Horizonte, em fevereiro deste ano. Na ocasião, o bando invadiu o estabelecimento localizado na Avenida Augusto de Lima, no Bairro Barro Preto e conseguiu levar aproximadamente R$102 mil.

Outro terminal do mesmo banco foi alvo de sete integrantes organização criminosa em novembro de 2014 no município de Nepomuceno, no Sul do estado.
De lá, eles furtaram outros R$70 mil. Também foram registrados ataques a agências nas cidades de Betim, Bom Despacho, Governador Valadares e João Monlevade.

Além dos caixas eletrônicos, a quadrilha também é apontada como responsável por uma série de roubo de cargas em várias regiões de Minas. Os veículos interceptados pelo bando transportavam principalmente cerveja, refrigerante, sucos e combustíveis. No entanto, eles também são investigados por suspeita de roubar eletrodomésticos e mantas de borracha. Há ainda evidências da participação dos criminosos em roubos a supermercados e falsificação de documentos.

“Esta é uma quadrilha que já vem sendo investigada a bastante tempo pela Polícia Civil.
Eles tinham dois mentores principais, que faziam toda a logística, identificavam os possíveis alvos e planejavam toda a ação criminosa”, explicou o delegado João Marcos de Andrade Prata, durante a apresentação dos suspeitos na sede da Divisão Especializada de Operações Especiais (Deoesp). Segundo ele, como o grupo foram apreendidos a organização criminosa três veículos utilizados nas ações criminosas, notebooks e impressoras usadas para falsificação de documentos, uma pistola calibre 380, um bloqueador de sinais de rastreamento de cargas e vários documentos públicos, além dos materiais usados para arrombar os terminais eletrônicos. .