Mais um integrante da quadrilha de de estelionatários que aplicava golpes em pensionistas e servidores públicos em Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro foi preso. Policiais conseguiram chegar até um suspeito em Praia Grande, no interior paulista. Com ele, já são 40 presos na megaoperação das policiais Federal, Civil e Militar, além do Corpo de Bombeiros e Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds). Os envolvidos vão começar a prestar depoimento a partir da próxima segunda-feira. O prejuízo estimado com o crime é de R$ 10 milhões.
De acordo com o delegado da Polícia Civil, Daniel Araújo, um dos responsáveis pela investigação, o homem foi preso por policiais federais na tarde desta quinta-feira. O suspeito é um dos operadores da organização criminosa. Ele foi encaminhado para a delegacia de plantão de Três Corações, na Região Sul de Minas Gerais. A Subsecretaria de Administração Prisional (Suapi) da Seds fará, nos próximos dias, a transferência dele para Belo Horizonte.
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Estelionatários suspeitos de aplicar golpe de R$ 10 mi serão ouvidos na segunda-feiraEstelionatários que aplicavam golpes em pensionistas causaram prejuízo de R$ 10 miQuatro estelionatários são presos por comprar eletrodomésticos com documentos falsosA ação envolveu 300 policiais civis, federais, militares e agentes penitenciários. Os mandados foram cumpridos em oito cidades de São Paulo e Rio de Janeiro, mas o inquérito será concluído na capital mineira, onde está uma das vítimas identificadas pela polícia. Ao todo, foram 39 pessoas presas. Os veículos apreendidos na operação devem chegar a Minas Gerais ainda nesta quinta-feira. A Força Integrada de Combate ao Crime Organizado de Minas Gerais (FICCO-MG) já iniciou a análise dos conteúdos existentes nos computadores apreendidos.
As investigações apontam que a quadrilha abordavam as vítimas com o envio de falsas notificações judiciais que noticiavam supostos créditos oriundos de previdência complementar, com as quais haviam contribuído no passado. Para a liberação do dinheiro prometido, o grupo exigia a antecipação de valores a título de impostos e custas processuais. As vítimas, a maioria servidores públicos e pensionistas, depositavam elevadas quantias em contas repassadas pelos criminosos e, então, se davam conta que os créditos a que teriam direito eram fictícios.
O delegado da Polícia Federal, Flávio Albergaria, disse na quarta-feira, que a maioria das vítimas começavam enviando valores entre R$ 1 mil e R$ 2 mil, mas os valores iam crescendo e podiam chegar a valores gigantescos. Uma das vítimas chegou a depositar um milhão na conta dos criminosos.
Os líderes do grupo, Janete Gomes e o marido dela, foram presos na Zona Sul de São Paulo. Na casa do casal, a polícia encontrou dinheiro, carros e listas de contato que comprovam a participação nos golpes. As investigações mostraram que organização criminosa conseguia as informações das vítimas por meio de bancos de dados roubados.
Os presos vão responder pelos crimes de organização criminosa e estelionato, cujas penas somadas podem chegar a 13 anos de prisão.