A polícia civil gaúcha ainda investiga o assassinato da mineira Cíntia Beatriz Lacerda Glufke, de 34 anos, que foi morta e esquartejada no último dia 7. O recepcionista Vandré Centeno do Carmo, de 25, confessou ser o autor do crime e apontou a participação do sogro da vítima, Werner Glufke, de 63 anos. No entanto, além de Vandré e Werner, que estão presos desde o dia 21, as polícias do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina não descartam que mais pessoas podem estar envolvidas no assassinato.
Em um vídeo de um depoimento informal aos investigadores de polícia, Vandré confessa como planejou o crime. "Uma dor forte de cabeça, tentei tomar mais vinho pra tentar me acalmar, mas piorou. Aí tive essa ideia maluca de pegar uma mala, assim sabe, talvez dar um fim nela e nunca mais ter esse sofrimento. Ela não está aqui, não vai poder me fazer mais mal. Eu errei, me arrependo disso", conta no registro.
Após matar Cíntia com golpes de martelo, o assassino serrou partes do corpo da vítima e colocou as pernas e braços em malas. Ele levou as malas e as deixou em um terreno na cidade de São Joaquim, na região serrana de Santa Catarina, a cerca de 350 km de distância de Porto Alegre.
Nos depoimentos, Vandré indicou que Werner Glufke, pai do marido de Cíntia, Thomas Glufke, estaria envolvido no assassinato. À polícia, Werner negou que tenha participado do crime e que sequer conhecia Vandré. O sogro de Cíntia disse que estava na companhia de várias pessoas, durante todo o dia 7, na cidade de Novo Hamburgo. Em uma publicação em uma rede social, Thomas defendeu o pai, dizendo que a polícia conseguiu a confissão do assassino "após muita mentira e contradições" e que Vandré estaria tentado culpar Werner.
"Não existe nenhuma prova que meu pai sequer conhecia esse sujeito, muito menos qualquer envolvimento, apenas a palavra do assassino. A polícia vai investigar as falsas acusações enquanto meu pai está preso. Meu pai ajudou a polícia de todas as formas possíveis para encontrar o assassino e o corpo da Cíntia. O meu pai não tem absolutamente nada a esconder (...) Lamentamos a quantidade enorme de mentiras deslavadas sendo ditas por esse monstro", diz o texto publicado por Thomas, que estava nos Estados Unidos na data do crime..