Jornal Estado de Minas

Motorista do Uber relata agressão por taxistas na Raja Gabaglia

Mais um caso de conflito envolvendo taxistas e motoristas do Uber foi registrado em Belo Horizonte. Um condutor do serviço de carona paga diz ter sido agredido enquanto pegava passageiros na saída de uma casa noturna na Avenida Raja Gabaglia na madrugada desta sexta-feira.

Segundo a Polícia Militar (PM), o caso aconteceu por volta das 4h30. Consta no boletim de ocorrência que a vítima, de 23 anos, disse que chegou à avenida para atender clientes que estavam saindo da casa noturna. Quando eles embarcaram no veículo, o Fluence preto foi abordado por três taxistas, que usaram os carros para impedir a saída.

Conforme a PM, o motorista disse que os taxistas obrigaram os passageiros a descer do veículo e que foram agredidos. Logo em seguida, os homens atiraram pedras contra o veículo e o motorista. Ele sofreu escoriações, mas dispensou atendimento médico, alegando que procuraria um hospital depois.
A vítima disse ter reconhecido um dos autores, mas até o momento ninguém foi detido. A ocorrência foi encaminhada à Delegacia de Polícia Civil do Barreiro. 

No início de agosto, um casal de passageiros do Uber foi agredido por taxistas na Avenida Alberto Cintra, Região Leste de BH. Por meio do Facebook, eles contaram que foram ameaçados por três taxistas e que o homem foi agredido ao tentar argumentar com eles. O músico compartilhou dois vídeos mostrando os ferimentos e relatando o ocorrido. 

Nesta sexta-feira, centenas de taxistas lotam a Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) para acompanhar uma audiência pública para discutir a ação do Uber em Minas Gerais. Já tramita na Assembleia o Projeto de Lei 2.676/15, que proíbe aplicativos como o Uber. A matéria coíbe, ainda, a associação entre empresas administradoras desses aplicativos e empresas comerciais para transporte remunerado de passageiros em veículos que não atendam as exigências da Lei 15.775, de 2005, que regulamenta o serviço de táxi metropolitano. Ela já foi apreciada e aprovada pela Comissão de Transporte, Comunicação e Obras Públicas da ALMG, Comissão de Constituição e Justiça (CCJ)..