O motorista de 23 anos que usa o aplicativo Uber e que disse ter sido agredido por taxistas na madrugada desta sexta-feira em Belo Horizonte afirmou ao Estado de Minas que ele e três passageiros foram alvo de pedradas por parte dos condutores concorrentes. O caso ocorreu por volta das 4h30 da madrugada em frente a uma casa noturna na Avenida Raja Gabaglia, Região Oeste da capital. "Já tentaram me intimidar antes, mas uma covardia como a que fizeram comigo ontem nunca não tinha acontecido", contou o rapaz, que preferiu não se identificar. Pela manhã, em protesto contra o episódio de violência, amigos do motorista providenciaram um guincho para levar o veículo que teria sido atacado por taxistas para o entorno da Assembleia Legislativa, onde audiência sobre o Uber era realizada.
O motorista do Uber afirma que foi agredido ao chegar a uma boate para atender um chamado. "Quando cheguei, três passageiros já entraram no carro me mandando correr porque os taxistas vinham com pedras na mão", contou. Segundo ele, dois passageiros desceram e saíram correndo, enquanto outro ficou e disse que seria levado pelo Uber. "Nesse momento, começaram a dar socos e chutes no rapaz. Ao conseguir se soltar, ele saiu correndo e não sei mais o que houve", detalha.
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Protesto
Durante a audiência pública que discutiu a regulamentação do Uber, um caminhão-guincho com o carro depredado passou várias vezes em frente à Assembleia Legislativa de Minas Gerais. O motorista conta que, enquanto estava no IML, foi avisado por um amigo sobre o protesto. "Fizeram isso para mostrar o estado em que meu carro ficou e para alertar a população sobre a covardia que vem acontecendo", disse o condutor. O diretor-presidente do Sindicato dos Taxistas de Belo Horizonte (Sincavir/BH), Ricardo Faeda, disse "repudiar integralmente a violência" os atos de violência. "Peço aos cidadãos que usaam o transporte ilegal as minhas sinceras desculpas como representante da categoria", declarou Faeda.
UBER
Em nota, a Uber informou que um motorista parceiro foi agredido e os passageiros tiveram o seu direito de escolha cerceado por taxistas. A vítima reconheceu um taxista que já foi conduzido para a delegacia em outros casos de violência contra motoristas parceiros. Ele ainda é indicado como autor em dois outros Boletins de Ocorrência por agressão física e dano por meio de violência ou grave ameaça.
A Uber disse ainda que repudia qualquer tipo de violência e acredita esses que conflitos devem ser administrados pelo debate de ideias entre todas as partes, e que o diálogo deve incluir, principalmente, a sociedade.