Nem mesmo o anúncio de que a as blitzes da Lei Seca passaram a contar com câmeras, em uma tentativa apertar o cerco contra infratores, foi capaz de evitar que motoristas alcoolizados provocassem acidentes em Belo Horizonte nos últimos dias. Somente no fim de semana, três condutores com sintomas de embriaguez se envolveram em desastres na cidade. No caso mais grave, na madrugada de ontem, uma pessoa morreu e outras duas ficaram feridas em uma batida na Região Centro-Sul. Levantamento feito pelo Estado de Minas mostra que neste ano pelo menos seis pessoas perderam a vida no estado vítimas da combinação de álcool e volante, e cerca de 10 condutores foram flagrados sob efeito de bebidas, após batidas.
Na madrugada de ontem, na tentativa de cumprir à risca a recomendação da Lei Seca, um grupo de 13 pessoas, entre amigos e parentes, foi a uma festa de formatura e alugou uma van para voltar para casa com segurança. No entanto, por volta das 5h, quando o veículo descia a Avenida Nossa Senhora do Carmo, na altura do Bairro São Pedro, o comerciante colombiano César Augusto Martinez Loaiza, de 29 anos, que subia a avenida sentido bairro em um Daewoo Lanos, bateu na lateral do automóvel de passageiros, que tombou, matando o engenheiro Daniel de Oliveira Lacerda, de 40. O causador do desastre fugiu do local.
A colisão ocorreu quando o grupo, que seguia no sentido Centro, atravessava a avenida para acessar a Rua Rio Verde. De acordo com informações de testemunhas, o veículo do colombiano seguia em alta velocidade e não respeitou o sinal de trânsito, batendo na lateral da van. “Com a batida, o veículo que transportava o grupo tombou na pista. As pessoas tiveram que sair pelas portas e janelas. Porém, o passageiro que estava no banco de trás ficou com a cabeça presa”, conta o segundo-tenente Lipovetsky, do Corpo de Bombeiros de Minas Gerais.
Segundo ele, quando os bombeiros chegaram ao local, na tentativa de salvar Daniel, contaram com a ajuda de testemunhas para virar a van. “Como era uma situação delicada e não havia como esperar por atendimento médico, fizemos um procedimento de emergência, mas ele não resistiu”, lamentou Lipovetsky. A mulher de Daniel, Valéria Ribeiro Lamaica Lacerda, de 41, que estava ao lado dele na van, sofreu lesões no fígado, costela e coluna, e foi levada para o Hospital de Pronto-Socorro João XXIII. De acordo com boletim médico, ela permanecia em observação, estável e consciente, sem previsão de alta. O casal tem dois filhos e mora em Itajubá, no Sul de Minas. Daniel era padrinho e tio de uma das formandas que comemoravam a conclusão do curso de direito, na noite de sábado, no Bairro Jardim Canadá, em Nova Lima.
FUGA Com a batida, o automóvel do colombiano pegou fogo. “Testemunhas nos disseram que, na colisão, Loaiza saiu do carro que dirigia e pegou um táxi, sem prestar socorro às vítimas”, conta Lipovetsky. No entanto, o estrangeiro voltou ao local da batida, antes da chegada dos bombeiros e depois de andar mais de 40 minutos de táxi pelo Centro de BH – a corrida ficou em R$ 70. Ele teria ido conferir o estado do próprio carro, conforme disse aos militares. Quando retornou, pessoas que estavam dentro da van e pedestres tentaram agredi-lo. “Quem o reconheceu foi um guardador de carros. Ele saiu correndo, e nós, que passávamos no momento, o detivemos”, conta o guarda municipal James de Souza. Segundo ele, o colombiano confessou o crime de trânsito. Ele chegou a fazer o teste de bafômetro, que apontou 0,38 miligramas de álcool por litro de ar expelido. Índice acima de 0,34 mg/l é considerado crime de trânsito.
Em depoimento à polícia, disse que estava em uma boate no Bairro São Pedro que saiu de lá no carro com três amigos, quando bateu na van. O colombiano, que de acordo com seu pai, também comerciante, está em BH há quatro anos, não conseguiu dizer por que bebeu e dirigiu. “Ele afirma que não consegue se lembrar direito do que ocorreu. Falou que voltou para buscar o carro e quiseram linchá-lo”, conta o delegado do Detran Pedro Ribeiro de Oliveira Sousa, que tomou o depoimento do condutor. César foi indiciado por homicídio culposo, com crime de embriaguez e omissão de socorro. A polícia agora procura os outros três passageiros, que também responderão por omissão de socorro. Na delegacia, cobrindo o rosto, Loaiza exalava cheiro de álcool, e confessou ter bebido vodca.
MAIS ACIDENTES A poucos quilômetros do acidente na Nossa Senhora do Carmo, na chamada Curva do Ponteio, na BR-356, Emilson Rodrigues Lima de Oliveira, de 32 anos, capotou o carro que dirigia, ao bater na mureta da via, na madrugada de ontem. De acordo com militares, o motorista voltava de uma festa no Jardim Canadá e tinha bebido – o teste do bafômetro apontou 0,68 miligramas por litro de ar expelido. Ele sofreu cortes na boca e teve que levar seis pontos antes de ser levado à delegacia do Detran.
Na manhã de sábado, o engenheiro Armando Xavier de Amorim, de 33, perdeu o controle da direção e bateu o carro no canteiro central da Avenida Afonso Pena, na altura da Praça Tiradentes. Com sintomas de embriaguez, Armando descia a avenida no sentido Centro e, com a batida, que derrubou uma árvore, o motoboy Leandro Reis, que estava na mesma pista, foi atingido e caiu da moto. Ninguém se feriu. Armando se negou a fazer o teste do bafômetro e foi levado à delegacia, onde teve a carteira de habilitação apreendida
Na madrugada de ontem, na tentativa de cumprir à risca a recomendação da Lei Seca, um grupo de 13 pessoas, entre amigos e parentes, foi a uma festa de formatura e alugou uma van para voltar para casa com segurança. No entanto, por volta das 5h, quando o veículo descia a Avenida Nossa Senhora do Carmo, na altura do Bairro São Pedro, o comerciante colombiano César Augusto Martinez Loaiza, de 29 anos, que subia a avenida sentido bairro em um Daewoo Lanos, bateu na lateral do automóvel de passageiros, que tombou, matando o engenheiro Daniel de Oliveira Lacerda, de 40. O causador do desastre fugiu do local.
A colisão ocorreu quando o grupo, que seguia no sentido Centro, atravessava a avenida para acessar a Rua Rio Verde. De acordo com informações de testemunhas, o veículo do colombiano seguia em alta velocidade e não respeitou o sinal de trânsito, batendo na lateral da van. “Com a batida, o veículo que transportava o grupo tombou na pista. As pessoas tiveram que sair pelas portas e janelas. Porém, o passageiro que estava no banco de trás ficou com a cabeça presa”, conta o segundo-tenente Lipovetsky, do Corpo de Bombeiros de Minas Gerais.
Segundo ele, quando os bombeiros chegaram ao local, na tentativa de salvar Daniel, contaram com a ajuda de testemunhas para virar a van. “Como era uma situação delicada e não havia como esperar por atendimento médico, fizemos um procedimento de emergência, mas ele não resistiu”, lamentou Lipovetsky. A mulher de Daniel, Valéria Ribeiro Lamaica Lacerda, de 41, que estava ao lado dele na van, sofreu lesões no fígado, costela e coluna, e foi levada para o Hospital de Pronto-Socorro João XXIII. De acordo com boletim médico, ela permanecia em observação, estável e consciente, sem previsão de alta. O casal tem dois filhos e mora em Itajubá, no Sul de Minas. Daniel era padrinho e tio de uma das formandas que comemoravam a conclusão do curso de direito, na noite de sábado, no Bairro Jardim Canadá, em Nova Lima.
FUGA Com a batida, o automóvel do colombiano pegou fogo. “Testemunhas nos disseram que, na colisão, Loaiza saiu do carro que dirigia e pegou um táxi, sem prestar socorro às vítimas”, conta Lipovetsky. No entanto, o estrangeiro voltou ao local da batida, antes da chegada dos bombeiros e depois de andar mais de 40 minutos de táxi pelo Centro de BH – a corrida ficou em R$ 70. Ele teria ido conferir o estado do próprio carro, conforme disse aos militares. Quando retornou, pessoas que estavam dentro da van e pedestres tentaram agredi-lo. “Quem o reconheceu foi um guardador de carros. Ele saiu correndo, e nós, que passávamos no momento, o detivemos”, conta o guarda municipal James de Souza. Segundo ele, o colombiano confessou o crime de trânsito. Ele chegou a fazer o teste de bafômetro, que apontou 0,38 miligramas de álcool por litro de ar expelido. Índice acima de 0,34 mg/l é considerado crime de trânsito.
Em depoimento à polícia, disse que estava em uma boate no Bairro São Pedro que saiu de lá no carro com três amigos, quando bateu na van. O colombiano, que de acordo com seu pai, também comerciante, está em BH há quatro anos, não conseguiu dizer por que bebeu e dirigiu. “Ele afirma que não consegue se lembrar direito do que ocorreu. Falou que voltou para buscar o carro e quiseram linchá-lo”, conta o delegado do Detran Pedro Ribeiro de Oliveira Sousa, que tomou o depoimento do condutor. César foi indiciado por homicídio culposo, com crime de embriaguez e omissão de socorro. A polícia agora procura os outros três passageiros, que também responderão por omissão de socorro. Na delegacia, cobrindo o rosto, Loaiza exalava cheiro de álcool, e confessou ter bebido vodca.
MAIS ACIDENTES A poucos quilômetros do acidente na Nossa Senhora do Carmo, na chamada Curva do Ponteio, na BR-356, Emilson Rodrigues Lima de Oliveira, de 32 anos, capotou o carro que dirigia, ao bater na mureta da via, na madrugada de ontem. De acordo com militares, o motorista voltava de uma festa no Jardim Canadá e tinha bebido – o teste do bafômetro apontou 0,68 miligramas por litro de ar expelido. Ele sofreu cortes na boca e teve que levar seis pontos antes de ser levado à delegacia do Detran.
Na manhã de sábado, o engenheiro Armando Xavier de Amorim, de 33, perdeu o controle da direção e bateu o carro no canteiro central da Avenida Afonso Pena, na altura da Praça Tiradentes. Com sintomas de embriaguez, Armando descia a avenida no sentido Centro e, com a batida, que derrubou uma árvore, o motoboy Leandro Reis, que estava na mesma pista, foi atingido e caiu da moto. Ninguém se feriu. Armando se negou a fazer o teste do bafômetro e foi levado à delegacia, onde teve a carteira de habilitação apreendida