Dez das 17 mulheres presas durante a Operação Pecus começaram a prestar depoimento às polícias Civil e Federal nesta segunda-feira em Belo Horizonte. Elas são suspeitas de liderar uma organização criminosa que aplicou golpes em servidores públicos a partir da previdência privada complementar. O prejuízo estimado com o crime é de R$ 10 milhões.
Leia Mais
Estelionatários que aplicavam golpes em pensionistas causaram prejuízo de R$ 10 miPolícia ouve 17 mulheres envolvidas com golpe de R$ 10 mi em servidores públicos Universidade que cancelou curso deve pagar R$ 13 mil a aluno que já havia se matriculadoAinda segundo a corporação, os delegados esperam ouvir até quinta-feira os 37 presos na operação que estão em prisões de Minas. Outras duas pessoas estão detidas em São Paulo. A Delegacia de Eventos, que na Pampulha, foi escolhida para sediar os depoimentos porque possui estrutura para o serviço e por ter localização estratégica para dar apoio à Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (Ficco), composta também pela Polícia Militar, Corpo de Bombeiros e Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds).
A megaoperação foi desencadeada no último dia 27.
As investigações apontam que a quadrilha abordavam as vítimas com o envio de falsas notificações judiciais que noticiavam supostos créditos oriundos de previdência complementar, com as quais haviam contribuído no passado. Para a liberação do dinheiro prometido, o grupo exigia a antecipação de valores a título de impostos e custas processuais. As vítimas, a maioria servidores públicos e pensionistas, depositavam elevadas quantias em contas repassadas pelos criminosos e, então, se davam conta que os créditos a que teriam direito eram fictícios.
Os presos vão responder pelos crimes de organização criminosa e estelionato, cujas penas somadas podem chegar a 13 anos de prisão.
Com informações de João Henrique do Vale .