Jornal Estado de Minas

Quatro dias depois de motim, ônibus de Ipatinga continuam circulando sob escolta da PM

Os ônibus do transporte público de Ipatinga, Região do Vale do Aço, continuam circulando em escala reduzida e sob escolta policial. Conforme reunião feita durante a manhã desta segunda-feira entre prefeitura, Polícia Militar e a empresa que administra as linhas da cidade, ficou definido que a situação vai se prolongar por mais alguns dias, pelo menos até que a população se sinta completamente segura. Desde a semana passada, os moradores ficaram apreensivos com uma tentativa de rebelião em uma unidade prisional do município e a queima de dois ônibus.

Conforme a Polícia Militar, mensagens falsas de texto e áudio circularam dizendo que detentos do Centro de Remanejamento do Sistema Prisional (Ceresp) ordenaram ataques contra a população e empresas da cidade. Desde a última sexta-feira, a Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds) trabalha na apuração do caso. A PM chegou a emitir um comunicado em que dizia que os casos de danos contra o patrimônio das empresas eram pontuais, mas de acordo com a prefeitura, a própria corporação pediu que a escala de ônibus fosse reduzida provisoriamente.

Na última quinta-feira, um princípio de rebelião foi registrado no Ceresp de Ipatinga, mas a situação foi controlada no mesmo dia. Durante o motim, um preso ficou ferido e os outros detentos colocaram fogo em colchões e cobertores. A Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds) autorizou uma revista geral na unidade, que tem capacidade para 183 detentos e está com 680 presos.
A Seds afastou ainda o diretor do presídio, Alexandre Rabelo, e convocou para o cargo Adão dos Anjos, que estava na direção da penitenciária em Ipaba. Apesar da superlotação na unidade..