Está concluído o inquérito que investigava a morte do policial militar Fábio Tadeu da Cunha, da equipe de escolta do ex-governador Alberto Pinto Coelho, ocorrida em 29 de julho deste ano. Para a Polícia Civil, não restam dúvidas de que Roberto Carlos Nunes de Souza, o Betinho, e Márcio David Silva, conhecido com Tuzinho, tentaram roubar o carro que estava sendo manobrado pelo militar e posteriormente atiraram contra a vítima. A dupla será indiciada por latrocínio, roubo, porte ilegal e venda de arma de fogo. Por estes crimes, eles podem ser condenados a mais de 40 anos de prisão.
De acordo com o delegado Júlio Campos Zica, responsável pelas investigações, o crime foi registrado por volta das 15h do dia 29 de julho, no Bairro Gutierrez, Região Oeste de Belo Horizonte. A vítima, que fazia parte da equipe de escolta do ex-governador, estava manobrando o carro na garagem do Partido Progressista (PP), quando foi abordado por dois homens que anunciaram o assalto. O policial estava à paisana e resolveu reagir. Conforme a Polícia Civil, os três entraram em luta corporal, fazendo com que o militar deixasse cair uma de suas armas, que foi roubada pelos suspeitos.
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Sargento da PM baleado durante assalto no Gutierrez morre após 17 dias internadoPolícia prende suspeito de assalto que terminou com morte de PM no GutierrezPolicial militar baleado no Bairro Gutierrez segue internado em estado graveDelegado é morto a tiros na Região Centro-Sul de Belo HorizonteAssaltante morre em troca de tiros com PMs na Região Leste de BHNo mesmo dia do crime, a polícia deu início às investigações e começou a receber informações via 181. O trabalho foi auxiliado pelo Grupo Especializado (GERI) da corregedoria da Polícia Militar. Após alguns dias, a 2° Delegacia de Polícia Civil Sul chegou ao primeiro nome. Márcio David Silva já estava preso por outro crime, cometido no Bairro Dom Bosco. Ele confessou participação na morte do militar e apontou onde estaria o seu comparsa.
No dia 22 de agosto, a polícia encontrou o segundo suspeito.
O corregedor-geral da PM, coronel Renato Carvalhais, ressaltou a ação do policial. “Pelas imagens podemos ver que ele não se acovardou e que enfrentou o perigo, exatamente o que nós juramos quando nos tornamos militares”, disse.