Integrantes dos movimentos Tarifa Zero, Passe Livre, Partido Pirata, Assembleia Nacional dos Estudantes-Livre (Anel), e manifestantes independentes ocupam a Câmara Municipal de Belo Horizonte desde a noite de terça-feira em protesto contra o aumento das passagens de ônibus. A ocupação foi definida depois da realização de reunião entre os ativistas. O clima é tranquilo no local e os manifestantes colocaram faixas no saguão e montaram uma mesa, onde há água, frutas e alimentos. Seis seguranças fecham o acesso ao plenário.
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Grupo protesta contra aumento das passagens de ônibus em BHVeja como foi o quarto protesto contra aumento das passagens de ônibus em BHDefensoria Pública entra com ação contra aumento das passagens de ônibus em BH Câmara de BH é ocupadaCrise impacta muito mais usuários do que concessionárias, diz defensora sobre aumento de tarifasLiminar anula o reajuste das passagens de ônibus em Belo HorizonteCâmara de BH vai pedir na Justiça a saída de manifestantes que ocupam a Casa em protestoNo segundo dia de ocupação da Câmara, manifestantes tentam protocolar reivindicaçõesAssim, os manifestantes que estavam no local decidiram ocupar o espaço até que o Legislativo municipal e a prefeitura atendam a pauta de reivindicações. Entre os pedidos estão a convocação da audiência pública, suspensão da portaria que aumentou o valor das passagens até que seja concluída uma auditoria das receitas de concessão do transporte, e a abertura de uma CPI sobre o atual e anteriores processos do Executivo municipal que levaram ao reajuste ao longo do contrato de concessão.
“A frente acredita que a ocupação é uma forma de diálogo e visibilidade para que o poder público discuta o assunto”, afirma a integrante do Tarifa Zero Isbella Sturzeneker, de 20 anos. A frente organiza turnos entre os 60 manifestantes que já compareceram ao protesto.
O grupo diz que que conversou com o vereador Wellington Magalhães (PTN), presidente da Casa, que teria prometido uma reunião com a comissões de Transportes e Direitos do Consumidor antes da plenária, que começa às 14h. O parlamentar também teria garantido que os manifestantes não seriam expulsos ou alvos de violência dos seguranças.
No início da tarde, a assessoria de imprensa da Câmara Municipal informou a posição do presidente Wellington Magalhães. Segundo a assessoria, el disse que os manifestantes são bem-vindos e que a Câmara é a casa do povo. Disse ainda que, às 15h, durante a sessão plenária os vereadores poderão se manifestar sobre a realização ou não da audiência pública. A assessoria também informou que não não há reuniões previstas para as comissões de Transporte e Consumidor hoje, e que apesar da ocupação, os trabalhos não podem parar. .