Novo setor municipal para cuidar da região que pretende se tornar patrimônio cultural da humanidade. Tomará posse hoje, como diretora do Conjunto Moderno da Pampulha, braço da Fundação Municipal de Cultura (FMC), a arquiteta Luciana Rocha Feres, que estava antes à frente da diretoria de Museus da instituição. A informação foi divulgada ontem pelo presidente da FMC, Leônidas Oliveira, durante a posse, na sede da Prefeitura de Belo Horizonte (PBH), do comitê gestor da Pampulha. O grupo com 26 titulares e 26 suplentes, instituído via portaria do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), reúne representantes governamentais e não-governamentais para promover a articulação entre as políticas municipal, estadual e federal voltadas para a Pampulha.
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DESPOLUIÇÃO Embora destacando que a Unesco leva em consideração o conjunto arquitetônico e não o espelho-d’água, o prefeito falou sobre as medidas que a PBH executa para despoluir a lagoa, entre elas, o desassoreamento, com retirada de 800 mil metros cúbicos de resíduos. E ressaltou as medidas conduzidas pela Copasa, como as redes coletoras de esgoto que estão sendo concluídas no município vizinho de Contagem e adiantou sobre a construção de estações de tratamento nos córregos tributários da barragem da Pampulha.
Nos últimos 15 dias, segundo o presidente da FMC, a prefeitura está fazendo uma operação pente-fino na orla da lagoa, tendo em visita da comissão do Icomos. Estão sendo feitos reparos nas calçadas, recolhimento de lixo, pintura de faixas de pedestres e outros serviços.
A Pampulha está na lista indicativa do Brasil desde 1996 e sua candidatura a Patrimônio Cultural da Humanidade foi retomada pela prefeitura em dezembro de 2012. O Conjunto Moderno da Pampulha inclui os edifícios e jardins da Igreja de São Francisco de Assis, o atual Museu de Arte da Pampulha (antigo Cassino), a Casa do Baile (atual Centro de Referência em Urbanismo, Arquitetura e Design de Belo Horizonte), o Iate Golfe Clube (hoje Iate Tênis Clube), além da residência de Juscelino Kubitschek, o espelho d’água e a orla da Lagoa no trecho que os articula.
Três perguntas para Luciana Rocha Feres, arquiteta e diretora do Conjunto Moderno da Pampulha
Qual será o seu trabalho nessa nova diretoria?
Faremos um trabalho de articulação com o comitê gestor empossado hoje (ontem) e coordenado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Vamos promover uma gestão integrada, corrigir problemas, buscar soluções e compartilhar os projetos
E os desafios?
São muitos, mas todos precisam olhar de uma forma cuidadosa para a Pampulha.
Qual a vantagem de ser patrimônio da humanidade?
Significa que o bem está no mapa internacional, que Belo Horizonte estará num circuito de turismo e, consequentemente, poderá ter melhores serviços. O título também permitirá o acesso a linhas de financiamentos. A próxima visita da consultora será um raio-x no trabalho que foi feito na Pampulha. .