O motorista Fábio da Silva Santos, 33 anos, condutor da carreta cegonheira que bateu de frente com um carro e deixou seis mortos na BR251, em Grão Mogol, no Norte de Minas Gerais, se calou durante o depoimento à Polícia Civil nesta sexta-feira. A análise preliminar realizada por uma equipe da delegacia consta que o veículo estava acima da velocidade permitida da rodovia. Testemunhas contaram que o motorista forçou ultrapassagem e atingiu de frente o automóvel.

A batida aconteceu por volta das 6h30. De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), a carreta seguia pela rodovia quando o motorista tentou fazer uma ultrapassagem em uma reta. O veículo invadiu a contramão e acabou batendo de frente com um Corolla, com placas de Montes Claros. No carro, cinco pessoas da mesma família, além da babá do filho do casal.

As vítimas ficaram presas às ferragens e morreram na hora. Elas foram identificadas como Leandro Marques Vaz de Melo, de 38 anos, Marlucia Graciano da Silva, de 39, Adilza Daniela S. Leite, de 30, Luiz Silveira Marques Vaz Melo, de 9, Luiz Otávio Leite, de 4 e Ana Luiza Silveira Marques Vaz Melo, de um. Os corpos foram levados para Montes Claros onde serão enterrados.

O condutor da carreta teve ferimentos e recebeu atendimento do Corpo de Bombeiros. Em seguida, foi levado para a delegacia de Grão Mogol. De acordo com a delegada Maria Angélica Prado, responsável pelo caso, Fábio ficou calado durante o depoimento e não quis prestar esclarecimentos.

A análise preliminar feita pela polícia, segundo a delegada, mostra que a carreta estava acima da velocidade permitida no trecho, que é de 90 quilômetros por hora para veículos de carga, e 110 km/h para veículos leves. A cegonheira estava a 95 km/h. Policiais rodoviários ouvidos disseram que o motorista forçou a ultrapassagem e provocou o acidente. O teste do etilômetro deu negativo.

Fábio foi liberado da delegacia depois dos depoimentos. Segundo a Polícia Civil, a liberação aconteceu por ele ter prestado socorro e acionado a PRF. Laudos periciais foram pedidos pela delegada que vai dar continuidade no inquérito. O homem poderá ser indiciado por homicídio culposo – sem a intenção de matar – ou por dolo eventual – quando não há a intenção de matar, mas o agente assume o risco. .