Médicos, enfermeiros e funcionários do Hospital Odilon Behrens, protestaram e fizeram um enterro simbólico do setor de emergência da unidade. O objetivo é chamar a atenção do poder público sobre a transferência do serviço de atendimentos de urgência clínica para a a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Noroeste II que será inaugurada na próxima terça-feira, 8 de setembro. Os funcionários são contra a medida e alegam que a mudança pode trazer riscos para a população, uma vez que as UPAs são tratadas como unidades semi-hospitalar e não possuem condições adequadas de fazerem atendimentos de urgência. Além disso, os profissionais da saúde afirmam que, com a mudança, os leitos de emergência vão cair de 22 para seis.
A transferência foi informada na última semana aos médicos por uma mensagem em rede social. Para a categoria, a situação vai trazer prejuízos para a comunidade. “Vai ter a diminuição de 22 leitos no hospital, que é referência em atendimentos clínicos, para quatro. E na UPA serão mais seis. A gente mal dá conta do jeito que está, imagina com a diminuição”, questiona Leonardo Paixão, coordenador da sala de emergência do Odilon Behrens. Em nota, a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) informou na última sexta-feira, 4, que a entrega da UPA Noroeste HOB, localizada ao lado do Hospital Odilon Behrens (HOB), acontecerá nos próximos dias. Segundo a administração municipal, parte da unidade de urgência do hospital passará a funcionar no prédio da nova unidade, localizado na Rua Saldanha Marinho
A prefeitura disse, ainda, que a nova unidade tem espaço duas vezes maior que a área de urgência e emergência do HOB e instalações mais modernas e amplas.