Jornal Estado de Minas

Chuva deve continuar em todas regiões de Minas, menos Norte e Noroeste do Estado

Previsão do tempo para quarta-feira - Foto: Inmet/Divulgação
A chuva parece que veio para ficar em Minas Gerais, pelo menos durante esta semana. A meteorologia prevê precipitações em quase todas as regiões do Estado. A exceção será o Norte e o Noroeste, justamente as que mais precisam da água. A última chuva significativa caiu sobre as duas regiões em maio deste ano. Em Belo Horizonte e região metropolitana, o temo deve ficar nublado nos próximos dias.

A mudança no tempo é causada pela chegada de uma frente fria que conseguiu romper uma barreira de ar quente que estava sobre o estado. “Tinha uma massa de ar seco bloqueando as entradas. Essa foi a primeira frente fria que adentrou pelo Mato Grosso e o interior de São Paulo e chegou até aqui.

Deve ficar com tempo instável durante toda a semana. Poderemos ter um intervalo na chuva em alguns dias, mas ela deve voltar”, explica Luiz Ladeia, do 5º Distrito de Meteorologia do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).

A frente fria já causou chuva em Belo Horizonte, região metropolitana, Central, no Triângulo Mineiro, Centro-Oeste, Alto Paranaíba, Zona da Mata. “Nessas regiões, além do Jequitinhonha, Sul de Minas, e Rio Doce, as chuvas devem continuar durante a semana. Somente no Norte e no Noroeste do estado é que não devemos ter precipitações”, afirma Ladeia.

As duas regiões que devem continuar com estiagem tiveram chuvas significativas em maio. Nos três meses seguintes, a seca predominou.
“Elas ainda estão com o tempo muito quente, por isso a frente fria pode passar por lá na próxima semana e ser bloqueada. Se tiver chuva, será de pouca intensidade”, diz o meteorologista. Segundo ele, os temporais devem chegar nas duas regiões somente em outubro.

No último fim de semana, as primeiras chuvas com a chegada da frente fria causou medo e prejuízos aos mineiros. No último sábado, Belo Horizonte foi atingido por um temporal de granizo, que durou pouco tempo, mas assustou os motoristas. Em Itabira, na Região Central, a ventania e o grande volume de água causaram quedas de árvores, enxurradas. Moradores ficaram sem energia elétrica.

A queda de granizo também foi registrada em Nova Lima, Brumadinho, e Barão de Cocais, ambos na Região Metropolitana de Belo Horizonte, e também em Ouro Preto, na Região Central de Minas Gerais.


As redes sociais só tinha um assunto sobre Belo Horizonte: a volta da chuva. Vários internautas emitiram opiniões. A maioria comemorou o fim, pelo menos por enquanto, do período de estiagem. Outros criticaram por causa do trânsito lento. “Essa chuva em bh tá ótima pra dormir o dia todo”, disse Nayara Olis. “Um bom dia a todos! E chegou a abençoada chuva a BH! É um presente para quem hoje está envelhecendo na cidade. EU!!! E Parabéns pra mim!”, comemorou Marcel Oliveira. “Bom dia BH! Ainda Bem que a chuva chegou para amenizar esse calor”, comentou Giba Lara. “Previsão do tempo anuncia chuva a semana toda para BH. Obrigado Deus”, afirmou Filipe Arthur.


Reservatórios da Grande BH

A chegada da chuva já serviu para amenizar a situação dos reservatórios do Sistema Paraopeba, responsável pelo abastecimento da Região Metropolitana de Belo Horizonte. Pelo menos há um mês, o nível do sistema está com quedas diárias. Porém, as precipitações fizeram com que ficasse estável desde domingo, com 27,7 % da sua capacidade.

Os reservatórios que compõem o sistema ficaram praticamente estáveis. O Rio Manso passou de 37,7%, registrado no último domingo, e passou para 37,9%. Serra Azul saiu de 10,8% e passou para 10,7%. Já Vargem das Flores saiu de 27,3% e passou para 27,1%.

Mudanças significativas são observadas na vazão do Rio das Velhas. Em apenas três dias, a vazão mais que dobrou, saindo de 12,6 milímetros por segundo, no último sábado, para 31,3 na segunda-feira. Em nota, a Copasa informou que a captação de água no Sistema Rio das Velhas ocorre a fio d’água e não há reservação, como é feito no Sistema Paraopeba.
Sendo assim, a Companhia esclarece que está autorizada apenas a captar o volume outorgado pelo Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam). .