A chuva dos primeiros dias de setembro alegrou os belo-horizontinos e afastou os efeitos da estiagem e baixa umidade relativa do ar desses últimos dias de inverno. Muita gente acordou com o barulho das gotas nas janelas e o cheiro de terra molhada, há muito não sentido na capital mineira. A precipitação seguiu, no horário de muita gente ir para o trabalho, mas ninguém reclamou. Ao contrário: foi um prazer tirar os guarda-chuvas e sombrinhas dos armários. A umidade do ar passou de 20%, considerado estado de alerta pela Organização Mundial da Saúde (OMS), para 78%, de acordo com o TempoClima PUC Minas. Como em um balé, as sombrinhas mudaram a paisagem das ruas da capital, tornando-a mais colorida.
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Além de alívio, chuva traz risco de alagamentos e queda de árvores em MinasChuva deve continuar em todas regiões de Minas, menos Norte e Noroeste do EstadoMotoristas enfrentam manhã de chuva e trânsito lento na Grande BHApós mais uma manhã de frio, temperatura deve aumentar em BHBH tem trânsito lento e semáforos em flash em manhã de chuvaFRENTE FRIA A servidora pública Isabel Raimundo Caldas, de 46, também comemorou o fim da estiagem. “Todo mundo está feliz com essa chuva maravilhosa. Estávamos precisando muito dela. Começou cedo e tomara que continue”, diz ela que tem quatro sombrinhas em casa.
A maior presença de vapor d’água na atmosfera melhorou bastante a qualidade do ar, cortando os efeitos da poluição e a intensificação de problemas respiratórios e alergias causados pela baixa umidade. Para os próximos dias, a umidade deverá ficar em torno de 60%. Entre 21% e 30% é considerado estado de atenção, de 12% a 20%, alerta, e abaixo de 12%, emergência. A temperatura também caiu. Ontem, a mínima ficou em torno de 16 graus centígrados e a máxima, 22°. Para hoje, a previsão é de mínima de 16° e máxima de 25°.
A chuva alegrou duplamente Rubens Lima, de 45. Primeiro pela melhoria na qualidade do ar. Segundo, porque ele conserta sombrinhas e guarda-chuvas. Até o meio da tarde ele já havia faturado R$ 180, com expectativa de chegar a R$ 300 no final do dia. Ele leva, em média, 20 minutos para trocar as peças de guarda-chuvas com defeito. O preço varia de R$ 8 a R$ 120. “Já me pagaram até R$ 120 e ainda me deram uma gorjeta de R$ 30 por uma sombrinha italiana que custa US$ 150. Mas se a sobrinha é mais simples, o conserto é mais barato”, garante.
RESERVATÓRIOS Em nota, a Copasa informou que as chuvas dos últimos dias diminuíram a tendência de queda do volume acumulado dos reservatórios do Sistema Paraopeba, mas que a precipitação não foi suficiente para recuperar o nível do Sistema Paraopeba. O nível do sistema se manteve estável em 27%, com Serra Azul a 10,7% e Vargem das Flores a 27,1%. No reservatório do Rio Manso, houve um leve aumento de 0,1 ponto percentual, passando de 37,8% para 37,9%.
A Companhia afirmou que a obra, que vai garantir o abastecimento de água para os moradores da Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), está com 46% de sua totalidade concluída e prevista para ser inaugurada em 20 de dezembro. A intervenção vai viabilizar a distribuição de água para a população da RMBH enquanto os reservatórios do Sistema Paraopeba serão poupados, o que permitirá o armazenamento de água para o período seco.
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