Às vésperas de mais uma edição da Virada Cultura de Belo Horizonte, a Polícia Civil informou, nesta sexta-feira, que dois rapazes foram indiciados pela morte de Humberto Nantes de Sena, de 20 anos, atingido por uma facada em 31 de agosto de 2014 na Savassi, durante o evento. Breno Stanlley Balbino Cota, de 23 anos, e Gabryel Kristian da Silva Reis, de 21, foram indiciados por homicídio qualificado por motivo fútil.
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Jovem esfaqueado na Virada Cultural morre no HPS, depois de 22 dias de internaçãoJovem esfaqueado na Virada Cultural continua internado em estado gravePrimo de jovem esfaqueado durante Virada Cultural de BH registra crime na Polícia CivilSegundo a Polícia Civil, levantamentos realizados pela equipe de policiais civis do Departamento de Investigação de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), encabeçada pelo delegado Anderson França, apuraram que os envolvidos participavam da Virada Cultura quando, um dos amigos de Humberto se aproximou de uma adolescente de 16 anos, sem saber que a jovem estava acompanhada do namorado Breno e do irmão, Gabryel.
Ao perceber a abordagem do jovem, Breno foi para perto da namorada, empurrando o rapaz.
Humberto, amigo do rapaz, não estava perto do local, mas ao observar entendeu que havia alguma confusão envolvendo o rapaz. Ele teria então enviado uma mensagem de voz, por meio de um aplicativo de celular, informando a outros colegas que estava bêbado e que ajudaria o amigo em uma briga. “De forma agressiva e precipitada, Humberto foi em direção a Breno, iniciando a confusão, envolvendo também Gabryel, que saiu em defesa do namorado da irmã”, diz a polícia.
Conforme o inquérito, Humberto foi agredido pelos dois rapazes com golpes de arma branca e garrafadas. A polícia acredita que Gabryel tenha utilizado um canivete na ação.
Levantamentos indicam que os suspeitos fugiram em um carro estacionado próximo ao local do crime. Ainda conforme a polícia, durante as investigações, testemunhas informaram que um dos autores do homicídio tinha tatuado um terço, no ombro esquerdo, a mesma tatuagem encontrada em Gabryel.
Conforme a assessoria de comunicação do DHPP, Breno e Gabryel não chegaram a ser presos. Eles colaboraram com as investigações, não tinham antecedentes criminais e possuem residência fixa. Assim, devem responder em liberdade. A pena para homicídio qualificado varia de 12 a 30 anos. .