Os manifestantes que ocupavam a Câmara Municipal de Belo Horizonte deixaram o prédio no início da noite desta sexta-feira depois de serem notificados sobre a liminar que determinou a saída imediata dos integrantes dos movimentos Tarifa Zero, Passe Livre, Partido Pirata, Assembleia Nacional dos Estudantes-Livre (Anel) e outros independentes. Nesta tarde, a Justiça aceitou o pedido de manutenção de posse do imóvel feito pelo presidente da Casa, Wellington Magalhães (PTN), depois de ele alegar que o grupo estava promovendo bagunça e consumindo de bebida alcoólica dentro da Câmara.
O grupo ocupava a sede do Legislativo municipal desde o dia 1º de setembro, quando montaram acampamento no prédio a fim de pressionar os vereadores para marcar uma audiência para discutir o aumento das passagens de ônibus em Belo Horizonte. No entanto, segundo o pedido de manutenção de posse encaminhado à Justiça, o vereador Wellington Magalhães alegou que os manifestantes estariam “promovendo algazarras no prédio, utilizando-se de 'som alto' e abusando do consumo de bebidas alcoólicas, intimidando servidores e o público em geral, sujando e destruindo o patrimônio público.”
Nessa manhã, os integrantes dos movimentos sociais já haviam informado sobre a intenção de deixar o prédio ainda nesta sexta-feira. No entanto, antes de sair, eles planejavam fazer uma festa de despedida, com direito a apresentações de rap, forró e música eletrônica.
O evento foi suspenso, já que a decisão da 2ª Vara dos Feitos da Fazenda Pública Municipal de Belo Horizonte determinou a desocupação imediata do prédio, assim que o oficial de Justiça comparecesse ao local, o que ocorreu por volta de 18h30. A Polícia Militar chegou a ser acionada para o caso de resistência por parte dos manifestantes, mas eles deixaram a Câmara de forma pacífica.
(Com informações de Sandra Kiefer)