Rio de Janeiro – Uma parceria da Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) com o Google vai permitir aos belo-horizontinos e pessoas de qualquer lugar do mundo conhecer pela internet a identidade de cada uma das 485 mil árvores da capital mineira, incluindo espécie e todas as outras informações, como se fosse o prontuário médico de um paciente. “Estamos fazendo uma parceria com o Google, com reuniões permanentes, e precisamos completar o inventário das árvores. Nosso convênio com a Universidade Federal de Lavras (Ufla) termina em janeiro do próximo ano e, até lá, teremos o contrato para inventário de 300 mil árvores. Já estamos na de número 280 mil”, informou o vice-prefeito e secretário municipal de Meio Ambiente, Délio Malheiros, que participa do Congresso Internacional Cidades e Transportes, no Rio de Janeiro. O levantamento começou há dois anos.
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De acordo com o vice-prefeito, não haverá necessidade licitação, pois os tribunais entendem que o Google tem notória especialização, não existe concorrente à altura e, com isso, o processo licitatório pode ser dispensado. “Faremos um trabalho mais barato e pioneiro”, completou Délio.
Para conhecer a árvore e o seu estado de conservação, a pessoa vai entrar no Google ou no site da prefeitura e digitar o endereço onde ela está plantada. “Espécie, idade, que tipo de problema tem, se é uma espécie exótica ou da nossa flora, se está com boa saúde, tudo vai ser revelado”, explica Malheiros.
Outra vantagem do inventário é evitar quedas de árvores, o que é muito comum durante as chuvas em Belo Horizonte. “O inventário já vem nos ajudando. Tivemos uma queda vertiginosa do número de árvores que caíram do ano 2013, se comparada aos primeiros seis meses de 2015. Foi o trabalho de reconhecer as árvores e verificar aquelas que estavam com saúde debilitada e fazer a supressão, ou fazer uma poda, enfim, tomar uma providência”, afirmou.
FÍCUS O diagnóstico também vai mostrar que tipo de árvore não deve ser plantada nas ruas da capital. “Não vamos mais plantar fícus em Belo Horizonte.