A operação da Polícia Militar (PM) durante a Virada Cultural em Belo Horizonte terminou com o registro de 61 crimes nos locais onde os shows e eventos aconteceram. As ocorrências foram de furtos, roubos, tentativa de estupro, lesão corporal, pichação, bloqueio de vias públicas e extravio de documentos. O resultado, divulgado nesta segunda-feira, foi considerado satisfatórios pela corporação. As 24 horas de festa, que começou no sábado e terminou no domingo, reuniu aproximadamente 500 mil pessoas na capital mineira.

A maioria das ocorrências foram registradas no Centro da capital mineira, onde aconteceu a maior concentração de público. Somente o 1º Batalhão da PM, que é responsável pela área, atendeu 58 chamados referentes a Virada Cultural. No sábado, foram 19 e no domingo 39. Na área do 34º Batalhão, foram três registros sobre a festa . Nenhuma outra região apresentou ocorrências durante o evento.

Uma das ocorrências aconteceu na Savassi. Grupos de infratores aproveitaram a aglomeração de pessoas para atuar. Apenas na noite de sábado e madrugada de domingo a presença da Polícia Militar (PM) e da Guarda Municipal não conseguiu evitar diversos arrastões motivados por brigas e furtos de celular. Em um deles, foi necessário interromper o show de Wagner Souza Septeto por 10 minutos – a plateia chegou a subir no palco para se proteger.

Belo Horizonte teve um fim de semana repleto de atividades culturais. Durante as 24 horas da 3ª Virada Cultural, praças, ruas e até viadutos, ficaram lotados de pessoas que conferiram as cerca de 600 atrações. O público estimado foi de aproximadamente 500 mil pessoas das 19h de sábado às 19h de domingo, de acordo com balanço divulgado pela Fundação Municipal de Cultura.

A operação da PM para a festa se juntou ao policiamento do clássico entre Cruzeiro e Atlético no Mineirão. O reforço de policiais, além do efetivo já utilizado diariamente, foi de 550 homens a mais na segurança. Em nota, a corporação se mostrou satisfeita com a ação. “Os resultados foram satisfatórios, uma vez que comparando com o evento anterior não houve homicídio e apenas uma ocorrência de maior gravidade motivada pelo clássico”, disse.

Em relação ao jogo das equipes mineiras, foram registradas pelo menos três confusões na Grande BH envolvendo torcedores rivais. Houve feridos e mais de 70 pessoas foram detidas. Um dos torcedores agredidos na briga entre atleticanos e cruzeirenses nesse domingo, em Betim, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, segue internado um hospital da cidade. De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, Warley Jacson Rosa, de 29, está em observação na sala de emergência do setor de neurocirurgia, no Hospital Regional de Betim.

Rosa ficou ferido após conflito de torcedores na Avenida Campo de Ourique, no Bairro Jardim das Alterosas. De acordo com a Polícia Civil, a PM conduziu 55 pessoas à Delegacia de Plantão de Betim após o tumulto. Destes, 47 foram considerados autores da briga generalizada, sendo seis menores, que foram liberados.

Por meio das imagens das câmeras do Olho Vivo, a polícia identificou dois suspeitos de agredir Warley, que não estavam entre os presos. Segundo a Polícia Civil, Frank Junio de Oliveira Gomes, de 22 anos, foi localizado ainda no domingo. Ele foi preso em flagrante por tentativa de homicídio qualificado e encaminhado ao Centro de Remanejamento de Presos (Ceresp) de Betim. O outro suspeito ainda não foi encontrado. A briga será investigada pela 4ª Delegacia de Betim.

No Bairro União, Nordeste de BH, torcedores rivais se enfrentaram na Avenida Cristiano Machado, assustando quem passou pela via, por volta das 11h. Dois atleticanos, de 22 e 25 anos, ficaram feridos e foram socorridos no Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Bairro Primeiro de Maio. Segundo a Polícia Civil, 27 pessoas, entre cruzeirenses e atleticanos, se envolveram na confusão. .