Segundo a PM, integrante da Máfia Azul assumiu risco de confronto em Betim

O confronto entre atleticanos e cruzeirenses em Betim, que resultou em um torcedor da Máfia Azul gravemente ferido, poderia ter sido evitado, segundo a Polícia Militar. De acordo com o boletim de ocorrência, dezenas de cruzeirenses que estavam na Avenida Bandeirantes, debaixo do Viaduto Jacintão, foram alertados pelos policiais da aproximação de mais 50 integrantes da Galoucura, que já haviam se envolvido em outro confronto anteriormente, no Bairro Jardim das Alterosas. No entanto, um homem que se identificou como Diego Castro Dias, disse ser um dos líderes da torcida organizada cruzeirense, que não sairia do local e “assumiu o risco de causar o confronto iminente”, segundo a PM.

“Apesar de todos os alertas, o senhor Diego continuou intransigente e não permitiu que a torcida do Cruzeiro se retirasse do local”, relata o boletim de ocorrência. “As câmeras de monitoramento do sistema Olho Vivo registraram os torcedores do Cruzeiro preparando pedaços de madeira e pedras, já se colocando a postos para o combate com os rivais atleticanos. Assim que as torcidas entraram em contato visual uma com a outra, iniciou-se um confronto feroz e generalizado, com agressões físicas e arremesso de pedras, pedaços de madeira e rojões, tanto entre as torcidas rivais, quanto contra as equipes policiais militares”, completa o relatório da PM. Um carro da PM foi atingido por pedras e sofreu vários danos.

Muitos torcedores fugiram e quase 30 foram detidos. Segundo a PM, Diego Castro Dias, “principal pivô de toda a situação”, foi apontado por torcedores da Galoucura como um incentivador dos confrontos. Ao receber voz de prisão, ele teria se aproveitado do “pandemônio” que havia se estabelecido e fugiu do local, consta na ocorrência policial. A PM disse ter mobilizado um extenso aparato para localizar Diego, mas não conseguiu.

Os atleticanos envolvidos já haviam se envolvido em outro confronto por volta das 8h, também com cruzeirenses, em frente ao número 1.603 da Rua Campo de Ourique, no Bairro Jardim das Alterosas, em Betim, bem em frente a 188ª Companhia da PM. Os policiais da unidade precisaram pedir reforço aos colegas da 174ª Companhia para conseguir controlar a briga. Mais tarde, os PMs deram buscas em mais de 50 atleticanos no Bairro Dom Bosco, mas não acharam armas ou outro tipo de material que pudesse ser usado para agressão e eles foram liberados. Todos usavam uniforme da Galoucura. O grupo se deslocava a pé para a BR-381, indo para a Praça Tiradentes, no Centro de Betim, onde embarcariam em um ônibus fretado para o estádio. Na rodovia, nenhum coletivo parou para eles e os mesmos seguiram a pé para o ponto de embarque para o Mineirão.

A PM foi informada que os atleticanos estavam indo em direção da Avenida Bandeirantes, onde havia uma grande concentração de cruzeirenses, debaixo do Viaduto Jacintão. A PM conta que foi ao local e que alertou os cruzeirenses da aproximação dos atleticanos, mas eles decidiram permanecer o local e se armaram para a briga, incentivados por Diego, segundo a PM.