A polêmica instrução normativa que estipula a cobrança de até R$ 3 mil para a realização de sessões fotográficas e filmagens com fins profissionais em parques de Belo Horizonte foi tema de uma audiência pública nesta terça-feira na Câmara Municipal. Na reunião, o representante da Fundação Zoo-Botânica da capital, Cláudio Maciel, alegou que houve má interpretação do texto publicado em junho no Diário Oficial do Município, e que a intenção é taxar apenas os trabalhos de fotógrafos que solicitarem uso exclusivo dos espaços, sem a presença de público.
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Vereador de BH quer proibir cobrança de taxas para fotografias e filmagens em parquesCobrança em espaços da FZB-BH irrita fotógrafos e profissionais do audiovisualNos Jardins Zoológico e Botânico os preços variam de R$ 230 durante uma hora até R$ 1.750, por um dia de trabalho. Já no Jardim Japonês os valores vão de R$ 310 por uma hora a R$ 2.450 pelo agendamento diário. No Salão Vermelho Memorial Minas-Japão, no Parque Ecológico da Pampulha, os profissionais devem desembolsar de R$ 420 a R$ 3 mil.
Durante a audiência, alguns fotógrafos relataram que foram barrados ao tentar entrar com câmeras equipamentos de vídeo dentro dos parques ligados à fundação sem agendamento prévio.
Maciel assumiu o compromisso de ouvir os fotógrafos e modificar o texto da norma, a fim de eliminar trechos que gerem má interpretação. Também disse que a fundação está disposta a revisar para baixo as taxas impostas e criar uma cartilha com orientações sobre o uso dos parques para registro de imagens. Uma nova reunião foi marcada para o fim do mês para que os vereadores possam acompanhar a evolução das negociações. .