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Estado de Minas

Fundação Zoo-Botânica diz que fotos em parques não serão cobradas

Representante do órgão municipal disse que houve má interpretação do texto que regula a produção de imagens profissionais dentro dos parques, e que taxas só serão cobradas de quem quiser usar o espaço sem a presença de visitantes


postado em 15/09/2015 19:12 / atualizado em 15/09/2015 19:25

(foto: Emmanuel Pinheiro/EM/D.A Press)
(foto: Emmanuel Pinheiro/EM/D.A Press)

A polêmica instrução normativa que estipula a cobrança de até R$ 3 mil para a realização de sessões fotográficas e filmagens com fins profissionais em parques de Belo Horizonte foi tema de uma audiência pública nesta terça-feira na Câmara Municipal. Na reunião, o representante da Fundação Zoo-Botânica da capital, Cláudio Maciel, alegou que houve má interpretação do texto publicado em junho no Diário Oficial do Município, e que a intenção é taxar apenas os trabalhos de fotógrafos que solicitarem uso exclusivo dos espaços, sem a presença de público.

A norma gerou indignação entre os profissionais, que pressionam a prefeitura para rever os termos da instrução desde sua publicação. No documento, ficou determinado que quem quiser realizar trabalhos nos espaços administrados pela fundação devem entrar no site da PBH e fazer o agendamento. As fotos e vídeos podem ser realizadas no Parque Ecológico da Pampulha de segunda a quinta-feira, exceto feriados, das 7h às 17h. Já em áreas como o Jardins Zoológico, Botânico e Japonês, além do Borboletário e da Estufa da Mata Atlântica, estão permitidos contratos somente às segundas-feiras, das 8h às 17h, exceto nos feriados. O agendamento é confirmado após o pagamento de uma taxa e de uma comunicação da data e do horário da produção.

Nos Jardins Zoológico e Botânico os preços variam de R$ 230 durante uma hora até R$ 1.750, por um dia de trabalho. Já no Jardim Japonês os valores vão de R$ 310 por uma hora a R$ 2.450 pelo agendamento diário. No Salão Vermelho Memorial Minas-Japão, no Parque Ecológico da Pampulha, os profissionais devem desembolsar de R$ 420 a R$ 3 mil.

Durante a audiência, alguns fotógrafos relataram que foram barrados ao tentar entrar com câmeras equipamentos de vídeo dentro dos parques ligados à fundação sem agendamento prévio. Para o representante da Fundação Zoo-Botânica, a conduta foi equivocada, já que, segundo ele, a cobrança de valores não vale para os dias em que os espaços estão abertos à visitação.

Maciel assumiu o compromisso de ouvir os fotógrafos e modificar o texto da norma, a fim de eliminar trechos que gerem má interpretação. Também disse que a fundação está disposta a revisar para baixo as taxas impostas e criar uma cartilha com orientações sobre o uso dos parques para registro de imagens. Uma nova reunião foi marcada para o fim do mês para que os vereadores possam acompanhar a evolução das negociações.


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