O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) vai pedir a prisão preventiva dos dois policiais responsáveis pela morte do garoto Hugo Vinícius Braz, de 14 anos, na noite de segunda-feira, no Bairro Pompéia, na Região Leste de Belo Horizonte. "Sendo decretada a prisão preventiva é desnecessária uma atitude paralela, como pedir o afastamento dos militares", considera a promotora Janaína de Andrade Dauro, da Promotoria de Justiça de Direitos Humanos, Apoio Comunitário, Conflitos Agrários e Fiscalização da Atividade Policial.
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PM apura perseguição que terminou com morte de adolescente em BH "Meu filho foi morto de forma covarde", diz mãe de adolescente baleado por PMs Promotoria quer que caso de adolescente morto por PMs passe da Justiça Militar para a comumTremor de terra é registrado em Pouso Alegre, Região Sul de MinasNo velório do jovem, que acontece desde a manhã desta quarta-feira, o clima de revolta, tristeza e medo tomou conta do ambiente. Quem convivia com o adolescente, diz que ele gostava de ficar de conviver com os colegas na rua.
O local do velório estava vazio, com pouco mais de 20 pessoas que evitavam comentar o caso, por temerem represálias. “Estamos com medo, mas queremos que a morte dele seja investigada, que as devidas providências sejam tomadas”, disse um dos familiares. O corpo do rapaz deve ser enterrado nesta quarta-feira, às 16h30, no Cemitério da Saudade.
Entenda o caso
Segundo o boletim de ocorrência da Polícia Militar, agentes da corporação seguiam para o Bairro Jonas Veiga, onde atenderiam a um chamado de roubo de moto.
Em seguida, os rapazes começaram a correr e foram seguidos pelo sargento e o cabo. Ambos disseram que, durante a fuga, os rapazes fizeram movimentos com as mãos, simulando estarem armados. H.V. B. S. buscou abrigo atrás de um caminhão que se encontrava estacionado na Rua Veredinha, próximo da Rua Iara. Os militares, então, seguiram no encalço do adolescente e deram ordem de parada para abordagem e busca pessoal.
De acordo com o boletim de ocorrência, o menor desobedeceu aos PMs e continuou a fugir, seguindo na direção da Avenida Belém.
Um adolescente que estava na companhia do menor foi apreendido na casa dele, no Bairro Pompéia. Conduzido ao Centro Integrado de Atendimendo ao Adolescente Autor de Ato Infracional (CIA-BH), ele relatou que o menor o chamou para roubar telefones celulares no Bairro Mangabeiras, Centro-Sul, mas, por receio, ele recusou o convite. À polícia, a testemunha contou que não viu o menino ser baleado pelos militares. A arma usada pela polícia na ocorrência foi recolhida.
Em nota, o comando do 22º Batalhão disse que os militares continuam presos e uma cópia o auto do prisão foi encaminhada à Promotoria de Direitos Humanos..