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Estado de Minas

Investigadores voltam ao local da morte de adolescente no Pompeia

Policiais procuram vestígios de balas na rua onde o adolescente foi baleado na segunda-feira


postado em 18/09/2015 11:33 / atualizado em 18/09/2015 11:35

Crime aconteceu na Rua Juramento, Região Leste de BH(foto: Cristina Horta/EM/DA Press / Reprodução)
Crime aconteceu na Rua Juramento, Região Leste de BH (foto: Cristina Horta/EM/DA Press / Reprodução)

Uma equipe da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) está no Bairro Pompeia, Região Leste de Belo Horizonte, na manhã desta sexta-feira para fazer novas diligências nas investigações da morte do adolescente Hugo Vinícius Braz da Silva, de 14 anos, baleado por policiais militares na noite de segunda-feira.

Segundo o delegado Luiz Flávio Cortat, chefe da Divisão Especializada de Investigação de Crimes Contra a Vida, as equipes atuam na análise do local para confrontar informações que não batem em relação aos depoimentos. Isso porque a testemunha V., de 17 anos, afirma que os PMs fizeram de cinco a seis disparos, enquanto os policiais dizem que atiraram apenas uma vez.

Além de verificar a existência de vestígios de balas no local, os policiais procuraram os moradores de uma casa que possui câmeras de segurança, mas eles disseram que os equipamentos apenas filmam, mas não gravam as imagens.

Entenda o caso

Hugo estava conversando na Rua Juramento, na noite de segunda-feira, quando a viatura com o sargento Luciano de Abreu, de 41, e o cabo Ricardo Costa Andrade, de 38, se aproximou. Os dois estavam na busca por autores do roubo de uma motocicleta, mas o garoto, que portava uma arma de brinquedo, correu e foi baleado nas costas na Rua Veredinha. Ele estava acompanhado de outro adolescente, de 17 anos, e mais dois rapazes.

O adolescente foi levado na viatura policial para o Hospital de Pronto-Socorro João XXIII, onde, segundo familiares, já teria chegado morto, conforme foram informados pelo plantão da Polícia Civil no local. Na sequência, os policiais seguiram com a testemunha de 17 anos para o 22° Batalhão de Polícia Militar, no Bairro Santa Lúcia, na Região Centro-Sul da capital. O adolescente alega ter sido coagido pelos policiais militares a mudar sua versão.

Além da Polícia Civil, a Corregedoria da Polícia Militar investiga o caso. A pedido do Ministério Público de Minas Gerais, a Justiça decretou a prisão preventiva dos policiais.


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