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Estado de Minas

Polícia concentra buscas na Barragem Santa Lúcia por menores envolvidos em morte de delegado

Equipes da Divisão Especializada de Operações Especiais da Polícia Civil (Deoesp) e do Departamento Antidrogas da Polícia Civil participam da operação


postado em 19/09/2015 11:18 / atualizado em 22/09/2015 12:01

Pelo menos 30 viaturas da Polícia Civil estão nas ruas do aglomerado(foto: Edesio Ferreira/EM/D.A.Press)
Pelo menos 30 viaturas da Polícia Civil estão nas ruas do aglomerado (foto: Edesio Ferreira/EM/D.A.Press)

Equipes da Divisão Especializada de Operações Especiais da Polícia Civil (Deoesp) e do Departamento Antidrogas da Polícia civil concentram as buscas no Morro do Querosene, Região Centro-Sul de Belo Horizonte, para tentar encontrar dois adolescentes envolvidos na morte do delegado Vanius Henrique de Campos. O assassinato aconteceu na madrugada deste sábado em uma loja de conveniência na Avenida Prudente de Morais, no Bairro Cidade Jardim. O crime é tratado como latrocínio - roubo seguido de morte-, pois a arma do policial foi levada.

Os policiais foram para a Barragem Santa Lúcia logo depois do crime, já que testemunhas alegaram terem visto os dois menores seguindo na direção do aglomerado. Pelo menos 30 viaturas da Polícia Civil e 100 policiais estão nas ruas do morro para encontrar a dupla. Os envolvidos no crime foram identificados apenas pelos apelidos de Bubu e Talibã. De acordo com o delegado Wanderson Gomes, chefe da Polícia Civil, as buscas vão continuar por tempo indeterminado. “Estamos empenhados desde as 4h, quando ficamos sabendo do crime. Queremos prender os autores ainda hoje para dar uma resposta rápida”, afirmou.

O delegado manifestou solidariedade à família da vítima. “Lamentamos profundamente o ocorrido. Manifestamos solidariedade a todos os familiares, amigos e colegas de profissão do delegado Vanius. Ele era um profissional dedicado e sua perda não afastará a Polícia Civil do compromisso diário com a segurança pública”, afirmou.

O crime aconteceu por volta das 4h. Testemunhas informaram aos policiais que o delegado estava na loja quando os dois adolescentes entraram. Os jovens compraram alguns produtos e chegaram a conversar com o policial nas proximidades do caixa. Um dos menores, segundo funcionários e clientes, falou com o delegado que era traficante. Além disso, comentou que o salário ganho pelo policial ele conseguia em uma semana com a venda de drogas.

Imagens das câmeras de segurança do comércio, divulgadas pela polícia, mostram quando os dois rapazes se dirigem para a saída e são seguidos pelo delegado. Eles saem do alcance da câmera de vídeo, mas, segundo testemunhas, foi neste momento que o assassinato aconteceu.



Pessoas que estavam no local contaram que o policial brigou com o rapaz vestido com camisa vermelha. Durante a briga, o comparsa, com a blusa verde, deu um chute em Vanius, que deixou a arma cair. O criminoso da blusa vermelha pegou a arma  e atirou no delegado. Em seguida, a dupla fugiu levando a pistola. A vítima foi atingida por pelo menos quatro disparos.

O delegado foi socorrido no Hospital João XXIII, mas não resistiu aos ferimentos. Logo depois do crime, diversas viaturas da Polícia Civil seguiram para o Morro do Querosene. “Estamos no aglomerado fazendo as buscas. Várias viaturas do DHPP e o helicóptero da corporação estão empenhadas”, afirmou o delegado Luiz Flávio Cortat, chefe da Delegacia de Homicídios.

O delegado Vanius Henrique de Campos tinha 43 anos e atualmente estava lotado na Delegacia Adida ao Juizado Criminal (Deajec). Durante a carreira, ele já havia trabalhado em outras unidades policiais, entre elas a Divisão de Crimes Contra a Vida, em Belo Horizonte.

Veja imagens das câmeras de segurança da loja momentos antes do crime



Coincidência trágica

O palco do homicídio é bem próximo ao local onde o promotor Francisco José Lins do Rêgo Santos, o Chico Lins, secretário da Promotoria de Defesa do Consumidor, o Procon Estadual, foi assassinado em 25 de janeiro de 2002. Ele foi morto com sete tiros, durante investigação da máfia dos combustíveis em Minas, que chegava a desviar até 15% da arrecadação total de ICMS do estado.

Chico Lins foi morto dentro do Volkswagen Golf verde placa GVR 0213, quando parou no sinal vermelho da Rua Joaquim Murtinho, na altura do número 295, esquina com Avenida Prudente de Morais, no Bairro Santo Antônio, Centro-Sul de BH. No local, foi erguido um monumento em sua homenagem meses depois da morte.


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