Um dos adolescentes envolvido na morte do delgado Vanius Henrique de Campos, em uma loja de conveniência, no Bairro Cidade Jardim, na Região Centro-Sul de BH, no último sábado, já cumpria medida socioeducativa por porte ilegal de armas. A informação foi passada nesta segunda-feira por um familiar de V.K.S.Q.S. O jovem quem atirou no policial. Ele e T.H.S.S foram apreendidos em São Joaquim de Bicas, na Grande BH, e prestam depoimento na Divisão Especializada de Orientação e Proteção à Criança e ao Adolescente (Dopcad), no Bairro Sagrada Família, Região Leste. Ainda hoje, serão levados para o Centro Integrado de Apoio ao Adolescente Autor de Ato Infracional (Cia-BH).
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Na manhã desta segunda-feira, policiais da Delegacia Regional Sul e do Departamento de Homicídios e Proteção a Pessoa (DHPP) voltaram no Morro do Papagaio, onde os jovens moram para novas buscas.
Os familiares e os advogados dos adolescentes entraram em contato com terceiros que sabiam a localização dos adolescentes e pediram para os menores se entregarem, já que a polícia tinha a localização deles. O encontro aconteceu às 12h30 em uma estrada de terra. Segundo Frederico Abelha, os dois caminharam em direção aos policiais e os parentes, que acompanharam a ação, e se entregaram.
Os dois foram levados para a Dopcad onde prestaram depoimento. De acordo com o delegado, durante uma conversa rápida com os menores, eles disseram que o crime aconteceu por causa da briga com o delegado no posto. A delegada Elisabeth Dinardo, delegada chefe da delegacia, colhe os depoimentos dos jovens para levantar a vida pregressa deles. Os dois serão levados para a Cia-BH, ainda nesta noite, onde a juíza vai determinar qual a punição.
Depois da vinda dos adolescentes para a capital mineira, os policiais continuaram a operação para chegar até a arma do delegado. A pistolaTaurus PT-738 calibre 380, foi encontrada no Morro do Querosene. Segundo o delegado Frederico Abelha, um colaborador anônimo passou as informações do esconderijo. A arma estava dentro de uma bolsa em um local ermo.
Os dois menores foram levados para o Instituto Médico Legal (IML) depois de prestarem depoimento.
Familiares temem pela integridade dos menores
Parentes dos dois adolescentes acompanharam os depoimentos deles na Dopcad. Eles se mostraram receosos com relação a integridade física dos garotos. “Estou preocupada e com medo de acontecer alguma coisa com os dois. Os policiais estavam ameaçando a todo momento dizendo que se eles fossem encontrados iriam chegar mortos”, diz um familiar de T.
Já um parente de V. afirmou que os menores apenas se defenderam no dia do crime. “Eles agiram em legítima defesa. Se não tivessem reagido, seriam mortos pelo delegado”, comentou.
Investigações continuam
A Polícia Civil vai continuar as investigações para apurar se alguém ajudou na fuga dos menores tanto no momento do crime no posto de combustível quanto na ida para São Joaquim de Bicas. Se comprovada a participação de terceiros, essas pessoas podem respondem por favorecimento pessoal ou até formação de quadrilha.
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