O tempo seco em Minas Gerais ajuda a proliferação de incêndios. Somente nesta quarta-feira, militares do Corpo de Bombeiros e brigadistas do Instituto Estadual de Florestas (IEF) combatem queimadas em seis Unidades de Conservação Estadual. A situação é mais crítica no Parque Estadual da Serra da Boa Esperança, no Sul Minas, onde o fogo consome a vegetação há quatro dias. As chamas estão controladas, porém, a preocupação é que alguns focos estão em áreas onde os homens não conseguem chegar.
Desde o início deste manhã, 34 pessoas, sendo 25 em combate, estão empenhadas em debelar o incêndio. Duas aeronaves ajudam a jogar água nos focos onde os brigadistas não conseguem chegar. A estimativa do Corpo de Bombeiros é de que mais da metade da reserva ambiental, que tem 5,9 mil hectares, foi atingida. Porém, a informação não é confirmada pelo IEF.
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Além do parque, o IEF está empenhado em combater incêndios na Área de Proteção Ambiental (APA) Algas Vertentes, no Parque Estadual do Rio Doce, na Serra de Macaúbas, na APA Pandeiros, na Serra das Aroeiras. “A situação que mais nos preocupa é no Rio Doce e Algas das Vertentes, que está próximo ao Parque Rio Preto, que não queima há muito tempo”, afirmou.
Parque do Rola-Moça
Depois de quase 48 horas, o Corpo de Bombeiros conseguiu na terça-feira controlar o incêndio no Parque Estadual da Serra do Rola-Moça. Segundo a corporação, cerca de 100 homens, entre militares e brigadistas, fizeram o rescaldo da vegetação atingida pelas chamas para evitar o surgimento de novos focos de fogo no restante do dia.
O combate ao incêndio na unidade de conservação localizada entre Belo Horizonte, Brumadinho, Ibirité e Nova Lima, na Grande BH, destruiu pelo menos 450 hectares de mata ao longo dos dias. O IEF pretende, nos próximos dias, fazer um sobrevoo na região para verificar a área destruída pelo fogo.
Dados
Até o mês passado, foram 2.423 ocorrências de incêndio no estado atendidas pelo Corpo de Bombeiros.